Estilo de vida
22/08/2023 às 14:00•2 min de leitura
Falar palavrão é considerado algo inadequado, mas nem por isso os palavrões deixaram de existir, não é verdade? Por isso, alguns estudos já foram feitos para entender por que falamos essas palavras chulas e quais os malefícios e benefícios que um vocabulário mais grosseiro poderia trazer aos indivíduos.
Um estudo publicado no site Medical Daily conta que pessoas que falam palavrões podem ser mais honestas que aquelas que não falam.
“As descobertas consistentes dos estudos sugerem que a relação positiva entre palavrões e honestidade é robusta e que a relação encontrada no nível individual realmente se traduz no nível da sociedade”, diz o estudo.
Essa pesquisa ouviu 276 pessoas e foi realizada por meio de um questionário. Nesse questionário, eram feitas perguntas que buscavam saber o quão honestos eram os participantes em diferentes situações cotidianas. Além disso, os pesquisadores também buscaram entender o quanto os palavrões eram usados pelos pesquisados e em que situações.
Ademais, o estudo ainda analisou mais de 73 mil perfis do Facebook, buscando a presença de publicações com palavrões. Os dados foram comparados com relatórios mais antigos. Os pesquisadores concluíram que a sinceridade dos indivíduos analisados era maior naqueles que usavam palavrões.
Fonte: Getty Images
Um segundo estudo, dessa vez publicado no ano de 2016, mostrou que pessoas que usavam palavrões poderiam ter níveis mais alto de inteligência verbal, expressando-se melhor.
“A fluência de tabus ou 'palavrões' está positivamente correlacionada com a fluência verbal geral. Quanto mais palavras você gerou em uma categoria, mais palavras você gerou em outra categoria, oral e verbalmente”, disse o Dr. Timothy Jay, do Departamento de Psicologia da Faculdade de Artes Liberais de Massachusetts e autor do estudo, ao Medical Daily.
Fonte: Getty Images
Uma pesquisa conduzida na Inglaterra mostra que o uso de palavrões faz com que pessoas suportem melhor as dores que estão sentindo. O estudo foi feito usando ciclistas que pedalavam em provas de alta performance. Aqueles que usavam palavrões durante as provas tinham mais resistência do que os atletas que usaram palavras mais educadas.
Uma proposta semelhante foi feita em outro experimento, no qual pessoas mergulhavam suas mãos em água bem gelada. Os que falavam palavrões suportavam melhor o desconforto do que quem não falava.
“Parece que, ao soltar palavrões, você desencadeia uma resposta emocional em si mesmo, o que produz uma leve resposta ao estresse, que por sua vez traz consigo uma redução da dor induzida pelo estresse.
É algo que faz sentido do ponto de vista evolutivo porque você vai ser um lutador melhor e um corredor mais rápido se não estiver sendo atrasado por preocupações com a dor”, explicou o autor do estudo, o professor Richard Stephens, da Universidade Keele, à CNN americana.