Estilo de vida
14/09/2023 às 06:30•2 min de leitura
Apesar de todos os benefícios que a vida moderna traz para o desenvolvimento da saúde e da expectativa de vida, um efeito colateral nocivo continua assombrando o mundo: a poluição do ar.
Seja nas grandes cidades – com motores a combustão, indústrias, usinas de energia e mais –, ou nas pequenas cidades – com o desmatamento, pecuária e queimadas –, o ar do planeta está atingindo níveis preocupantes de poluição. E alguns países estão em situações bem desesperadoras.
Medir a poluição do ar não é tarefa fácil, pois a maioria dos governos locais não utilizam dados e sensores uniformizados. Assim, listas sobre as cidades mais poluídas podem variar. Porém, uma das ferramentas mais usadas por governos e agências ambientais para estabelecer padrões de qualidade do ar para limitar é a presença de partículas PM2.5.
(Fonte: Getty Images)
As partículas PM2.5 são provenientes de diversas fontes que ficam suspensas no ar. Elas possuem diâmetro aerodinâmico menor ou igual a 2,5 micrômetros (µm), por isso o nome. Um dos principais riscos é que esta categoria de poluentes atmosféricos são pequenas o suficiente para serem inaladas profundamente nos pulmões quando respiramos.
As partículas PM2.5 podem ser compostas por uma variedade de materiais, incluindo poeira, fumaça, produtos químicos, metais e outros poluentes atmosféricos. É comum uma pessoa que passa mais tempo em engarrafamento, por exemplo, inalar mais PM2.5 do que pessoas em áreas nobres na mesma cidade. Por isso, quantificar dados é um desafio.
Quando inaladas, as partículas PM2.5 podem representar um risco significativo para a saúde humana, já que podem penetrar nos pulmões e até na corrente sanguínea. Assim, concentrações altas de PM2.5 são um risco para a saúde pública e estão relacionados ao aumento da incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares, alguns tipos de câncer e outras doenças crônicas.
Diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a qualidade do ar apontam que a concentração média anual de PM2.5 não deve exceder 5 microgramas por metro cúbico (µg/m³), enquanto a concentração média diária não deve exceder 15 µg/m³.
Índia é o país com mais cidades entre a lista das mais poluídas. (Fonte: Getty Images)
Uma das listas mais respeitadas em termos de quantificação da poluição é a realizada pela companhia suíça IQAir. A empresa trabalha com produtos de purificação do ar, mas desenvolve uma ferramenta de monitoramento da poluição em tempo real em conjunto com a ONU e o Greenpeace. São utilizados mais de 30 mil monitores de qualidade do ar, em 7.300 cidades de 131 países.
Os dados podem ser consultados em tempo real no site da IQAir, porém, para definir as listas de cidades mais poluídas é preciso utilizar dados da média consolidada por período. Em 2022, as cidades mais poluídas segundo o ranking foram:
Enquanto isso, esses foram os países com pior qualidade do ar no mesmo período: