Como foi o dia em que Jesus morreu?

16/06/2024 às 17:002 min de leituraAtualizado em 16/06/2024 às 17:00

O dia da crucificação de Jesus está entre os mais conhecidos na cultura popular. Esse evento desencadeou uma transição que acabou levando à fundação do Cristianismo, a maior religião dos tempos modernos.

E há algum debate sobre o que teria acontecido neste dia específico, em que Jesus Cristo foi condenado à morte pelo Império Romano com um dos métodos mais cruéis que já existiram: a crucificação. Isso teria ocorrido durante a festa judaica da Páscoa, perto do Segundo Templo de Jerusalém.

O que aconteceu no dia da morte de Cristo?

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Jesus foi crucificado durante a Páscoa judaica. (Fonte: Getty Images)

Diferente de outros acontecimentos históricos, não há consenso sobre uma data específica em que teria ocorrido a crucificação de Jesus Cristo. O Evangelho de Marcos situa a crucificação no dia da Páscoa que, em Jerusalém, acontecia em uma sexta-feira. Já o Evangelho de João parece descrever o que aconteceu no dia anterior. Pode-se inferir, então, que o fato aconteceu em abril.

O Novo Testamento deixa bastante claro que Jesus Cristo morreu em Jerusalém durante a Páscoa, um período agitado naquela cidade. Segundo os historiadores, Jerusalém teria cerca de 80 mil habitantes na época de Cristo e era uma capital moderna. Neste período, os peregrinos circulavam por lá em peso – portanto, provavelmente havia mais gente.

Jesus Cristo foi levado a um local chamado Gólgota, que em aramaico significa ameaçadoramente “lugar da caveira”. Hoje, este espaço é marcado pela Igreja do Santo Sepulcro, e seria o final da Via Crucis, trajeto que começa exatamente no espaço onde Pilatos condenou o filho de Deus. 

Muitas escavações já foram feitas em torno da Igreja do Santo Sepulcro tentando encontrar a muralha que cerca a cidade e a igreja. O que se imagina atualmente é que um lugar exposto, fora da cidade, seria o mais adequado para a execução, pois a ideia é que a morte de um condenado servisse de aviso para os demais.

O testemunho da crucificação

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
A crucificação de Jesus Cristo foi um espetáculo cruel ocorrido em Jerusalém. (Fonte: Getty Images)

A pena de Jesus foi lenta, brutal e bem visível aos passantes. Os romanos, embora não tenham inventado a técnica da crucificação, estão entre os grupos que mais exploraram este tipo de método. Por conta disso, as representações da morte de Cristo costumam ser bem gráficas.

Ele aparece usando roupas modestas durante todo o trajeto, e farrapos quando é posto na cruz. Isso porque as vítimas da crucificação costumavam ser despidas para que fossem humilhadas. Outra tortura associada era a flagelação pública – além de apanhar, os condenados tinham que levar o instrumento de sua morte até o local de execução. Por isso, Jesus carregou a própria cruz.

Depois que Jesus foi morto, várias coisas impressionantes podem ter ocorrido. Nos Evangelhos de Marcos e Lucas, há uma espécie de descrição de um eclipse solar, pois se lê que "as trevas cobriram toda a terra" por várias horas.

O Evangelho de Mateus ainda relata que “a terra tremeu, as rochas partiram-se e os túmulos abriram-se”. Alguns historiadores reconhecem aqui a descrição de um terremoto, que teria realmente acontecido em algum momento entre 26 e 36 d.C. 

Mas há ainda mais fatos assustadores associados à morte do filho de Deus. Dentre eles, está a divisão do Templo em duas partes, conforme relatado em três Evangelhos (Marcos, Lucas e Mateus). Outra descrição sobrenatural, feita por Mateus, é que uma horda de santos ressuscitados teriam emergido dos túmulos e vagado por Jerusalém.

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