Artes/cultura
19/02/2018 às 12:30•3 min de leitura
Se você está aguardando ansiosamente até que alguém finalmente encontre um disco voador — e prove de uma vez por todas que os terráqueos não estão sozinhos no Universo —, saiba que supostos fragmentos de um deles foram descobertos em um museu britânico. Bem, na verdade, foi mais ou menos isso!
Na verdade, o que aconteceu foi o seguinte: de acordo com a BBC, um cara chamado Khalil Thirlaway, que se dedica a organizar exposições no Science Museum — ou Museu de Ciências — de Londres estava vasculhando os arquivos da instituição em busca de material relacionado com o historiador Charles Harvard Gibbs-Smith quando se deparou com alguns artefatos meio estranhos.
Artefatos encontrados entre as coisas do historiador (BBC/David Clarke)
Gibbs-Smith, só para situá-lo melhor, foi um conhecido estudioso da aviação e aeronáutica britânica — e que também era chegadinho em temas relacionados com o avistamento deOVNIs e supostos discos voadores (como muitos de nós, né?). Pois enquanto vasculhada as coisas do historiador, Khalil se deparou com alguns fragmentos de metal.
Ligeiro, Khalil entrou em contato com David Clarke, um professor na Universidade Sheffield Hallam, situada em Yorkshire, na Inglaterra, e o convidou para dar uma olhada nos objetos. Foi aí que veio a surpresa! O que os dois tinham nas mãos eram fragmentos de um suposto disco voador que teria caído nos arredores de Scarborough, uma cidade que fica às margens do Mar do Norte.
O caso aconteceu no dia 8 fevereiro de 1957, quando três homens perambulando por uma área erma conhecida como Silpho Moor se depararam com um misterioso artefato. O objeto, que media mais ou menos 45 centímetros, era feito de metal, contava com uma fina camada de cobre na parte inferior coberta de desenhos e escritos ininteligíveis que lembravam hieróglifos, e transportava um pequeno livrinho também repleto de mensagens misteriosas.
Recorte de jornal da época e foto atual do local onde o misterioso artefato foi encontrado (BBC/Yorkshire Post/Mick Garratt)
A história envolvendo o pequeno disco voador — que, por sinal, “aterrissou” na Terra apenas três semanas após o lançamento do satélite soviético Sputnik, o primeiro fabricado pelo homem — ganhou uma imensa notoriedade e chegou a ser comparada ao famoso Caso Roswell envolvendo a suposta nave alienígena que teria caído no Novo México, nos EUA, em 1947.
Obviamente, o disco metálico foi examinado, manipulado e desmantelado — tudo na tentativa de estabelecer se ele era de origem alienígena, terrestre ou se era parte de uma elaborada farsa. De acordo com Rafi Letzter, do site Live Science, inclusive teve o dono de um café em Scarborough que saiu dizendo para todo mundo que tinha conseguido decifrar uma das mensagens gravadas no livrinho, falando que se tratava de um alerta dos ETs que dizia que se a humanidade não melhorasse, ela acabaria desaparecendo.
Olha o tal disco voador aí (BBC/John Dale)
Enfim... especialistas de diversas áreas usaram as tecnologias disponíveis na época para estudar as peças e testes realizados pelo pessoal da Universidade de Manchester e do Museu de História Natural determinaram que o artefato era de origem terrestre mesmo, uma vez que não mostrava sinais de jamais ter viajado ao espaço — que dirá ter vindo de lá! A pena é que de tanto passar da mão de um cientista a outro, os fragmentos acabaram se perdendo e só agora alguns deles foram redescobertos no Science Museum!
Objetos encontrados entre os documentos de Gibbs-Smith (BBC/David Clarke)
Segundo a BBC, os objetos encontrados nos arquivos do museu permaneceram esquecidos por mais ou menos 50 anos entre as coisas de Gibbs-Smith, mas Khalil e Clarke já estão pensando em tirar o atraso e organizar uma exposição sobre os curiosos fragmentos. Aliás, quem sabe a descoberta dessas peças não motive outras buscas e novas partes do disco voador — só que não — acabem aparecendo, né?