Estilo de vida
03/07/2020 às 05:00•2 min de leitura
Segundo pesquisadores do Sea View Marine Sciences, instituição canadense de apoio técnico-científico a expedições marinhas, uma conspiração contra comunidades de leões-marinhos pode estar ocorrendo no litoral da ilha de Vancouver. A constatação foi afirmada após uma meticulosa e longa observação de atividades incomuns no ecossistema local, onde ao menos cinco espécimes do mamífero semiaquático foram detectados decapitados.
Com muitas pontas soltas e dúvidas sobre o que pode estar causando tal tragédia, especialistas confirmam que, após análise de imagens, o mais provável é que humanos estejam por trás do ciclo de matança. "Para mim, isso parece intencional, seja por uma única pessoa ou por um grupo de pessoas", disse Anna Hall, zoóloga da instituição ambiental. "Espero sinceramente que a Fisheries and Oceans Canada persiga esse caso para determinar quem está fazendo isso e levá-los à justiça, porque isso é uma violação da lei federal".
(Fonte: MSN/Reprodução)
A ação assassina ainda torna-se mais agravante quando o impacto direto é sentido em uma quase ameaçada comunidade de leões-marinhos de Steller, os Eumetopias jubatus, que configuram o quarto maior grupo de pinípedes, superfamília de mamíferos aquáticos a qual pertencem, também, focas e morsas, exalando ainda mais revolta das organizações de combate aos maus tratos e à exploração animal e de defesa ambiental.
Inicialmente, os corpos sem vida dos animais foram encontrados por moradores de Nanaimo, uma pequena cidade, com pouco mais de 90 mil habitantes, da ilha de Vancouver. Durante passeios na costa local, a canadense Deborah Short afirma ter encontrado, em duas ocasiões diferentes, leões-marinhos decapitados, algo que a chocou imediatamente. Suas fotos, então, foram enviadas para as instituições locais de proteção ambiental para que os devidos procedimentos fossem tomados.
"No começo, pensei que fosse um tronco e, quando me aproximei, percebi que era um leão-marinho", disse a mulher, em entrevista ao portal Vice. "Imediatamente caminhei nessa direção, apenas para descobrir que sua cabeça havia sido cortada. Eu estava com um nó no estômago."
(Fonte: Ljana Sligo/Reprodução)
Com alguns relatos afirmando que os crânios dos animais foram deixados limpos ao lado dos corpos, a sugestão é de que há algum modus operandi envolvido, caracterizando a atividade de um criminoso em potencial que conhece bem a anatomia das criaturas marinhas.
Protegidos pela Lei das Pescas e pela Lei das Espécies em Risco, o caso vem sendo analisado pelo Departamento de Pesca e Oceanos do Canadá. "É absolutamente horrível e assustador que alguém neste litoral sinta que esse é um curso de ação apropriado em relação a um mamífero marinho ou a qualquer animal", concluiu Hall.