Estilo de vida
28/08/2017 às 12:24•2 min de leitura
Apesar de muitas pessoas considerarem os produtos lácteos como vilões das nossas dietas, um estudo realizado por cientistas irlandeses revelou que queijos, iogurtes, leites etc. não são tão ruins como alguns por aí — e, sozinhos e em quantidades moderadas, não são os responsáveis pelo aumento de peso ou índices de gordura corporal de ninguém.
(Pixabay/Devanath)
Na verdade, a pesquisa apontou que, comparado com quem consome pouca ou nenhuma quantidade desses produtos, os indivíduos que ingerem laticínios com frequência — incluindo as versões integrais — tendem a apresentar menores índices de massa corporal, menos gordura, maior sensibilidade à insulina e pressão arterial mais baixa.
Em particular, os cientistas encontraram uma relação entre o consumo de iogurtes e leites e índices mais baixos de massa corporal e inflamações no organismo, enquanto que a ingestão de queijos não pareceu oferecer qualquer efeito — positivo ou negativo — sobre os índices de colesterol, gordura corporal ou sobre a saúde metabólica.
Um estudo revelou que o consumo de leguminosas como lentilhas, ervilhas e feijões pode diminuir o risco do surgimento de doenças cardiovasculares e do diabetes do tipo 2. Esses alimentos são ricos em carboidratos e proteínas e, além de terem baixo índice glicêmico, são fontes de compostos como potássio e magnésio, bem como de nutrientes e fibras.
(Wikimedia Commons)
A pesquisa envolveu mais de 3,3 mil participantes diagnosticados com alto risco de desenvolver esses problemas de saúde e apontou que quem ingeria leguminosas — especialmente as lentilhas — pelo menos três vezes por semana tinha uma propensão 35% menor de apresentar diabetes ao longo de um período de quatro anos, quando comparado aos participantes que consumiam menores quantidades desses alimentos.
Os cientistas acreditam que a combinação de nutrientes e fibras presente nas leguminosas ajuda no metabolismo da glicose. Assim, eles sugerem que tem propensão de desenvolver diabetes substitua itens ricos em carboidratos — como o pão e o arroz — ou proteínas, como seria o caso dos ovos, por porções de ervilhas, feijão ou lentilhas em uma das refeições diárias.
A meta-análise de 20 estudos revelou que o consumo de frutos secos pode reduzir o risco de surgimento de várias doenças, entre elas cardiopatias e alguns tipos de câncer, assim como diminuir o perigo de mortes prematuras.
(Pixabay/Piviso)
Mais precisamente, o levantamento apontou uma relação entre o consumo de cerca de 30 gramas de frutos secos ao dia e um índice 29 % menor no risco de surgimento de problemas no coração e 15% mais baixo no desenvolvimento de câncer. Além disso, a análise das pesquisas também revelou um índice 22% menor de mortes por outras causas — especialmente as relacionadas com complicações associadas ao diabetes, problemas respiratórios e doenças infecciosas — entre pessoas que ingerem porções diárias de castanhas, amendoim, nozes, pistaches e similares.
Uma pesquisa conduzida por pesquisadores australianos apontou que o consumo de chá preto, uma bebida rica em cafeína e flavonoides, pode ajudar a reduzir as flutuações de quem sofre de hipertensão — mas, curiosamente, só durante a noite.
(Pixabay/Happyearthboy)
O estudo foi realizado com 111 voluntários de idades entre os 35 e 75 anos — que receberam três xícaras da bebida ou um placebo contendo a mesma quantidade de cafeína que chá preto ao dia. Os cientistas notaram que os voluntários que beberam a infusão não só mostravam reduções nas variações de pressão arterial pouco tempo após o consumo da bebida, como os efeitos se mantinham estáveis, mas apenas durante a noite.
Os cientistas não conseguiram entender ainda a razão de o consumo de chá preto ter efeito apenas nas variações noturnas de pressão, mas acreditam que a ação esteja relacionada com os flavonoides — que são compostos orgânicos com propriedades anti-inflamatórias, antialérgicas, anti-hemorrágicas e antioxidantes que os tornam potencialmente importantes na prevenção de uma série de doenças.