Artes/cultura
16/10/2018 às 07:31•2 min de leitura
Uma pesquisa inédita da Ipsos, encomendada pela Novartis, apontou que 62% da população brasileira desconhecem a insuficiência cardíaca. Entre o grupo que declarou conhecer a doença, apenas 2% souberam descrevê-la de forma correta, associando a enfermidade à falta de capacidade do coração em bombear o sangue de maneira adequada e suficiente no organismo.
A insuficiência cardíaca não tem cura e consiste na segunda principal doença cardíaca no país, afetando 2,8 milhões de brasileiros. É importante frisar que existem tratamentos capazes de melhorar o prognóstico ou diminuir a velocidade de progressão da doença, contribuindo para a qualidade de vida do paciente. No entanto, 33% dos entrevistados acreditam que a enfermidade pode ser sanada, apesar de cerca de 50% dos pacientes não sobreviverem após 5 anos do diagnóstico.
(American College of Cardiology)
A pesquisa revelou ainda que mais de um terço (35%) da população pensa que o câncer de mama (23%) ou de próstata (12%) são mais letais do que a insuficiência cardíaca, embora essa condição tenha maior mortalidade — uma vez que provoca de 2 a 3 vezes mais óbitos do que cânceres avançados, como o de mama, por exemplo.
Por outro lado, 67% já sabem que a insuficiência cardíaca impacta na qualidade de vida e na realização de tarefas diárias, e 71% têm ciência de que não se trata de uma doença exclusiva de idosos.
Pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca enfrentam repetidas internações e sintomas, como falta de ar para atividades físicas, inchaços nos tornozelos e pés e tosse persistente, condições que impactam na realização de tarefas cotidianas e, consequentemente, na qualidade de vida.
(Dr Fuhrman)
A enfermidade também tem um peso importante e crescente na saúde, gerando uma perda de R$ 22 bilhões na economia do país — por custos no sistema de saúde e redução de produtividade.
Apesar de ser mais comum em pessoas com mais de 65 anos, a incidência da doença nas mais jovens cresce em virtude do estilo de vida. Muito se deve aos fatores de risco que estão presentes cada vez mais precocemente, como a má alimentação, o sedentarismo, a hipertensão e o diabetes.
A falta de cuidado com o coração também é um ponto importante. De acordo com a pesquisa, metade dos brasileiros nunca foi ao cardiologista ou não vai há 10 anos, e 12% da população com mais de 45 anos também nunca foram ou não vão há 1 década, apesar da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A amostra do estudo realizado pela Ipsos é uma representatividade da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2016), tem margem de erro de mais ou menos 3 pontos percentuais e 95% de nível de confiança. As entrevistas foram pessoais em domicílios, realizadas entre os dias 1º e 13 de agosto de 2018, e envolveram a participação de 1,2 mil pessoas — entre homens e mulheres de 72 municípios brasileiros com idades a partir dos 16 anos.
*Via assessoria.