Artes/cultura
24/07/2019 às 02:00•1 min de leitura
Segundo uma análise realizada no Instituto Max Planck de Cibernética Biológica, na Alemanha, não existe uma diferença significante em como os cérebros de homens e mulheres reagem à imagens sexuais. Ao contrário do imaginário popular de que homens e mulheres têm visões muito diferentes do que é sexy, a análise mostrou que as respostas cerebrais variam em menos de 1% entre os gêneros.
Neurocientistas têm buscado formas mais objetivas de avaliar este tipo de estímulo do que apenas com a descrição de participantes. O uso de ressonância magnética, por exemplo, pode dar um resultado mais acurado, mas é muito caro para ser feito em larga escala, então são realizados com pequenas amostragens. O que Ekaterina Mitricheva, do Instituto, fez, foi reunir estes estudos envolvendo, ao todo, 1850 indivíduos.
Os estudos eram exatamente iguais, mas todo envolviam mostrar imagens e vídeos aos participantes e analisar a diferentes respostas de deus cérebros a estímulos eróticos ou neutros. A partir destes estudos foi constatado que várias partes do cérebro são mais estimuladas por imagens sexuais do que por outros tipos de imagens. Entretanto, o gênero dos participantes não foi um fator diferencial nos estímulos.
Com base nisso, Mitricheva reportou na Publicação da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos que, ao contrário do que muitos livros de pseudo-psicologia dizem, as áreas relevantes do cérebro não são mais desenvolvidas nos homens do que nas mulheres. Que as regiões do cérebro que respondem à excitação sexual contêm a mesma quantidade de massa cinzenta, na média, independente de pertencer a um homem ou uma mulher.
O estudo, é claro, pode sofrer críticas por diversos motivos, entre eles: o fato de que os participantes não foram selecionados de forma aleatória e 72% deles foram homens, o que não seria uma amostragem representativa de toda a população.