Artes/cultura
14/07/2021 às 14:00•2 min de leituraAtualizado em 11/07/2024 às 17:42
Ao ver a imagem de destaque desse texto, você bocejou, certo? Saiba que esse ato é realmente contagioso e não somos as únicas espécies que fazemos isso. Outros animais também são contagiados com o ato de bocejar. Mas por que realizamos esse ato? No que ele ajuda o corpo? Entenda.
De maneira simples, sempre associamos o bocejo como um estímulo do cérebro para mostrar que estamos com sono ou cansados. Bocejar é um reflexo primitivo e a maioria dos animais boceja, como répteis, pássaros, mamíferos e até algumas espécies de tubarões.
Quando um gato ou cachorro boceja, eles geralmente fazem um grande alongamento ao mesmo tempo. (Fonte: Freepik/Reprodução)
Embora esteja associado à sensação de sono, o bocejo não acontece apenas quando nos sentimos cansados. Segundo os cientistas, o ato de bocejar tem relação com a temperatura do cérebro.
Estudos mostram que humanos bocejam menos durante o inverno e mais quando as temperaturas estão altas. Um longo bocejo traz ar para o cérebro, que pode resfriar ou estabilizar a temperatura do órgão. Essa ação pode estar relacionada a uma tentativa de estimular a área quando estamos mais lentos e fatigados.
O bocejo também comprime os músculos do rosto, levando sangue rico em oxigênio ao cérebro. Animais com cérebros maiores tendem a bocejar por períodos mais longos, talvez inspirando mais ar para resfriar um cérebro maior.
Há mais de 200 anos que os especialistas tentam identificar as causas do bocejo e porque eles são tão contagiosos. Ao ver alguém bocejando, temos um reflexo quase incontrolável de repetir o ato.
A ciência tem algumas hipóteses que tentam explicar a reação. Além do cansaço, que pode ser mútuo em dois indivíduos, também é possível explicar pelo comportamento espelhado.
O ato de bocejar funciona como um ventilador cerebral, sendo um gatilho que desperta todo o corpo e cérebro por meio da respiração com a finalidade de diminuir a temperatura cerebral. (Freepik/Reprodução)
Como animais sociais, tendemos a imitar as ações de outros se pensarmos que isso ajudará na socialização. Isso também ocorre com o ato de rir e de coçar e tudo está associado ao nosso tronco cerebral. Um estudo mostrou que alunos mais empáticos eram mais propensos a bocejar depois de ver outra pessoa bocejando.
Outro estudo mostrou que leões também seguem o mesmo hábito. A pesquisa sustenta a teoria de que o bocejo contagioso pode ter evoluído para estimular a vigilância do grupo entre animais que vivem de forma colaborativa, como os lobos e chimpanzés e leões.
Por fim vai uma dica: se você estiver preso em uma série de bocejos, tente respirar profundamente pelo nariz por alguns minutos. O ato ajudará no fluxo de oxigênio, diminuindo o número de "aberturas de boca".