Ciência
15/07/2021 às 05:00•2 min de leitura
O desempenho de um atleta profissional em uma grande competição, como por exemplo os Jogos Olímpicos, depende de uma combinação de fatores. Entre eles, evidentemente que a alimentação cumpre uma das funções mais importantes para o funcionamento correto de uma pessoa.
Sem ter comido a quantidade necessária de alimentos, esse atleta talvez não tenha energia suficiente para exercer sua profissão e seu desempenho passará longe do ideal. Mas isso necessariamente significa que ele precisará adotar uma dieta regrada e balanceada? É sobre isso que abordaremos durante esse texto.
(Fonte: Pixabay)
Quando paramos para analisar a longo prazo, a dieta de um atleta profissional não consiste apenas em tomar bebidas proteicas e se entupir de barrinhas de energia. De maneira geral, o tipo de comida que deve ser ingerido e com qual frequência essa pessoa deve se alimentar costuma variar dependendo de sua categoria de competição.
Em alguns esportes, os profissionais podem até mesmo se entupir de fast food sem muito peso na consciência — desde que compensem nos treinos. A ingestão correta de proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais, sal e ácidos graxos é essencial para que o corpo otimize sua performance.
Para um arremessador de peso, por exemplo, a habilidade que mais precisa ser desenvolvida é a capacidade de explosão para jogar uma bola de 7 kg na maior distância possível. Como essa se trata de uma atuação de curto prazo, esse indivíduo precisa acumular o máximo de energia pouco tempo antes do horário do campeonato, dando prioridade para comidas mais calóricas.
(Fonte: Pixabay)
Em entrevista para a Futurity, o professor de nutrição na Universidade de Copenhague Lars Nybo explicou como as dietas são calculadas durante os Jogos Olímpicos. Em geral, o pesquisador garante que os mesmos princípios de alimentação usados pelos arremessadores de peso valem para outras modalidades mais explosivas.
Ou seja, para atletas como os velocistas de 100 metros, lançadores de dardo e saltadores em altura, a energia acumulada só será utilizada em períodos muito pequenos. Para eles, nenhuma dieta especial é necessária nos dias anteriores ou no momento dos eventos.
"No entanto, é importante que esses atletas não comam demais antes da competição. Porque, à medida que se armazena energia dos alimentos, a água também é armazenada no corpo. Isso nos torna mais pesados, o que não é inteligente quando competimos", ressaltou Nybo.
Já em modalidades de alto desempenho prolongado, como o ciclismo, o ideal é que os atletas mantenham uma base de alimentação mais saudável e diversificada para desempenhar bem. Nesses casos, é comum que os atletas consumam uma grande quantidade de carboidratos perto dos eventos para garantir uma reserva de energia.