6 animais que ajudaram a desenvolver a saúde moderna

11/09/2021 às 12:002 min de leitura

A área da saúde é um ramo de atuação nem um pouco complexo, apesar da sociedade ter dado largos passos para cada vez mais possuir os recursos necessários para expandir nosso tempo de vida na Terra. Porém, nem sempre tudo foi assim e se nós chegamos onde chegamos é porque contamos com a ajuda de diversos outros fatores.

Por exemplo, você sabia que muitos dos medicamentos que são usados hoje em dia foram inspirados no organismo de outros seres vivos? Pensando nisso, nós trouxemos seis exemplos de como alguns animais selvagens nos auxiliaram a desenvolver a medicina moderna. Olha só!

1. Pele de sapo

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

A descoberta da penicilina em 1929 foi um verdadeiro acidente. Esse antibiótico mais potente contra infecções fatais, incluindo a pneumonia e doenças venéreas, só foi desenvolvido graças ao mundo animal. Enquanto observava ovos de sapo na década de 1980, Michael Zasloff notou que as suturas no abdômen das rãs, após a remoção do ovário, cicatrizavam sem infeccionar.

Isso acontecia devido a grande quantidade de antibióticos que esses animais armazenavam em suas peles. Baseado nessas proteínas, Zasloff passou a desenvolver uma versão de antibiótico que funcionasse em humanos. Seu experimento mostrou-se altamente eficiente e é um marco revolucionário na ciência até hoje. 

2. Veneno de jararaca

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

O veneno de jararaca, uma serpente tradicional brasileira, serviu de base para desenvolver um dos primeiros inibidores da enzima ACE, um grupo de medicamentos usados para o tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca congestiva. 

Ao analisar o veneno, os cientistas conseguiram encontrar um grupo de moléculas capazes de impedir a ACE de bloquear a bradicinina, uma proteína que dilata os vasos sanguíneos e diminui a pressão arterial.

3. Larvas

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Quando todos os outros tratamentos falham e os pacientes enfrentam risco de vida e de perder membros do corpo, muitos doutores optam por usar larvas para realizar o trabalho sujo que a medicina moderna não consegue. Para elas, carne morta e em decomposição torna-se um verdadeiro banquete. 

Com muitas bactérias criando resistência aos antibióticos, as larvas surgem como uma solução para limpar as partes do corpo afetadas para que os médicos possam continuar com outros procedimentos.

4. Cabra-aranha

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Algumas cabras geneticamente modificadas desenvolvem uma habilidade única: produzir o mesmo tipo de seda que as aranhas. A mesma substância existente nas teias dos aracnídeos é criada nas glândulas de leite das cabras. Mas qual a função desse recurso?

Muitos cientistas rotulam a seda das aranhas como o "bio-aço" pela sua alta resistência. Quando produzida em grande quantidade, a seda pode ser usada para a confecção de inúmeros produtos ou até mesmo para a criação de ligamentos e tendões artificiais para suportar células ósseas e nervosas.

5. Salmão-prateado

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Por mais que muitas pessoas pensem no salmão apenas como um alimento, esses peixes também podem ser encontrados nas farmácias. Isso porque o salmão-prateado é uma ótima fonte de calcitonina-salmão, nome genérico dado para a classe de medicamentos usada para tratar perda óssea. 

Essa substância promove o aumento da densidade óssea e evita que uma maior perda óssea ocorra no futuro. 

6. Caranguejo-ferradura

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Qualquer pessoa que já foi vacinada, tomou antibióticos ou implantou dispositivos como o marca-passo deve um agradecimento ao sangue azul do caranguejo-ferradura. Inalterado por mais de 200 milhões de anos, o sangue desse animal absorve sua coloração do cobre e é essencial para a medicina moderna.

Por ter sobrevivido por tanto tempo e ter enfrentado todos os tipos de mudanças no planeta, esses animais são vistos como berço genético para o sucesso na saúde. Por isso, um único litro de sangue de caranguejo-ferradura é avaliado em US$ 15 mil no campo na saúde. 

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