Ciência
18/09/2021 às 12:00•2 min de leitura
Idealizada no século XVIII pelo médico Edward Jenner, a vacina é considerada um dos maiores e mais importantes avanços da ciência, responsável por salvar incontáveis vidas que sofriam com doenças como poliomielite, sarampo, caxumba, gripe, hepatite A e B e outras. Hoje, no combate à covid-19, novamente o imunizante surge como uma poderosa arma e se confirma como essencial para manter o controle social e garantir a reabertura das cidades.
As vacinas são instrumentos que visam garantir a produção de anticorpos no organismo para estimular a imunidade contra vírus e bactérias causadores de algumas doenças. Para isso, existem vários tipos de vacinas disponíveis e cada uma introduz de forma diferente o microrganismo ao corpo humano, já que essa exposição é necessária para que o indivíduo possa desenvolver uma imunidade natural sem adoecer ou sofrer efeitos colaterais danosos.
Atualmente, os quatro principais tipos de vacinas são: as atenuadas, com a apresentação de vírus ou bactérias enfraquecidos; as inativadas, que contêm microrganismos inativados; as com toxoides, que focam introduzir uma versão enfraquecida com toxinas de bactérias; e as com subunidades, contendo apenas fragmentos dos corpos estranhos. Todas elas estão sujeitas a efeitos adversos como dor e vermelhidão no local da aplicação, mal-estar, dor de cabeça e febre. Felizmente, essas complicações acometem, de forma grave, apenas 1% da população e duram até 48 horas, sem comprometer a aplicação dos imunizantes.
Quando germes da doença entram no corpo, eles começam a se reproduzir, e o sistema imunológico automaticamente os encara como seres invasores, dando início ao processo de formação de anticorpos. Estas partículas, consideradas os "soldados" do organismo humano, são responsáveis por ajudar a destruir os microrganismos estranhos e passam a proteger o hospedeiro de infecções futuras, já que permanecem na corrente sanguínea e "memorizam" as características de grupos maliciosos.
Através de uma série de testes e a aplicação de três etapas de ensaios clínicos, as vacinas escolhem quais os componentes do vírus ou bactéria que irão integrar o tipo do imunizante, investigando o funcionamento, aplicação e a qualidade dos produtos desenvolvidos. Assim, cientistas avaliam efeitos colaterais, eficácia e produção de anticorpos em animais e humanos, aprovam, regulamentam, produzem e distribuem as vacinas para os países, em um longo processo de controle de qualidade.
As vacinas normalmente requerem doses separadas que podem ser aplicadas em períodos de semanas ou meses. Essa medida preventiva é acionada pensando no longo prazo e na importância de manter a imunização social sob controle, garantindo anticorpos de longa vida e o desenvolvimento de células de memória. E mesmo que as vacinas não confiram 100% de proteção, a imunidade de grupo traz uma segurança considerável e surge como a melhor forma para evitar a contaminação por agentes patogénicos perigosos.