Ciência
14/01/2022 às 04:00•3 min de leitura
Pode parecer que foi ontem, mas o vírus Sars-CoV-2 — causador da covid-19 — foi descoberto por nós em dezembro de 2019, ou seja, já faz mais de 2 anos que essa doença começou a se espalhar pelo mundo e mudou completamente as nossas vidas. Desde então, entretanto, muitas perguntas ainda não foram respondidas.
Quanto mais questionamentos parecem ser sanados, mais novas indagações surgem para serem resolvidas. E, mesmo em meio a uma corrida científica na busca por explicações, nós ainda seguimos de olhos vendados para alguns dados-chave. Por isso, nós fizemos uma lista com cinco questões sobre a pandemia que ainda não foram respondidas depois de tanto tempo. Olhe só!
(Fonte: Pixabay)
Em fevereiro de 2021, uma equipe da Organização Mundial de Saúde (OMS) viajou à China para fazer mais pesquisas a respeito do vírus causador da covid-19. A empreitada concluiu que ele provavelmente teve origem em morcegos, mas ainda seriam necessários mais estudos para finalizar o tópico.
A investigação concluiu que é "extremamente improvável" que o vírus tenha chegado à população após um incidente de laboratório. Mesmo assim, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que sua equipe enfrentou obstáculos, como falta de dados e transparência da China, durante o processo. Segundo especialistas, é possível que a origem do Sars-CoV-2 nunca seja identificada.
(Fonte: Pixabay)
Qual é a quantidade de vírus que precisamos inalar para sermos infectados? Essa é uma resposta que ainda não está clara quando falamos sobre o Sars-CoV-2. Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs) dos Estados Unidos, a dose infecciosa ainda não foi estabelecida.
Em um vírus como o da Influenza, basta 10 partículas de vírus para ser infectado. Já para outros vírus, como o Mers, é preciso ter milhares de partículas para causar o contágio. No caso da covid-19, sabemos que ela é uma doença bastante contagiosa, mas não sabemos se isso ocorre por ter uma dose infecciosa baixa ou pelo fato de as pessoas infectadas liberarem grandes quantidades de vírus no ar.
(Fonte: Pixabay)
A quantidade de anticorpos que uma pessoa precisa ter para ser considerada protegida contra a covid-19 é algo que ainda não sabemos definitivamente. Isso seria um sinal de que o indivíduo estaria protegido contra a enfermidade ou a infecção e também um dado fundamental na luta contra o vírus.
Além disso, saber a quantidade de anticorpos necessários para impedir a doença poderia ajudar no processo de vacinação, uma vez que saberíamos quem está mais vulnerável, o que permitiria uma vacinação mais eficiente para pessoas imunodeprimidas.
(Fonte: Pixabay)
Nós sabemos que a covid-19 pode causar uma variedade de sintomas, como dor de cabeça, febre, desorientação, náusea e vômito — e até mesmo perda de olfato e paladar. Entretanto, ainda não existem muitas explicações do porquê algumas pessoas desenvolverem uma versão mais séria da doença e outras não.
Idade e grupos de risco estão entre as maiores correlações para doença grave, mas isso não significa que pessoas fora desses grupos também não estejam expostas. Além disso, ainda não temos informações do motivo pelo qual algumas pessoas ficam doentes por períodos mais prolongados do que outras.
(Fonte: Pixabay)
Ao longo dos últimos tempos, observamos o surgimento de variantes como a delta e a ômicron. Vírus estão sempre em constante mutação, e algumas vezes essas mutações resultam em novas cepas de doenças que surgem rapidamente e desaparecem. Em 2 anos, a covid-19 apresentou 5 "variantes preocupantes", de acordo com a OMS.
Isso significa que teremos novas variantes pela frente? De acordo com especialistas, quanto mais tempo a pandemia se prolongar e mais pessoas continuarem sem se vacinar, é provável que o vírus continue se disseminando e se mutando, mas não temos como prever respostas para isso.