Artes/cultura
07/07/2022 às 05:00•3 min de leitura
A gravidez não planejada é uma realidade em nossas sociedades e um medo de muitas pessoas, principalmente das populações mais jovens. Isso significa que todo tipo de controle de natalidade impedirá completamente que uma mulher fique grávida? Não exatamente.
Apesar de serem projetados para não permitir a fecundação dos óvulos, nenhum método contraceptivo possui 100% de eficácia e podem, sim, apresentar falhas em casos mais raros. Porém, é preciso ressaltar que algumas dessas ferramentas são mais eficientes do que outras. Para te ajudar no entendimento desse processo, nós separamos uma lista para explicar as particularidades dos principais métodos de controle de natalidade. Veja só!
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(Fonte: iStock/Getty Images Plus)
O dispositivo intrauterino, chamado recorrentemente apenas de DIU, é um pequeno objeto de plástico em formato de T inserido no útero para atuar como um contraceptivo. Em média, um objeto desses pode continuar funcionando por até 10 anos dentro do corpo de uma mulher, dependendo do seu tipo.
Os DIUs podem ser separados em dois principais tipos: hormonais e não-hormonais. Um DIU não-hormonal normalmente utiliza cobre ou prata para prevenir a gravidez, uma vez que esses metais afetam a forma como os espermatozoides se movem. O DIU hormonal, por sua vez, libera progestina para prevenir a ovulação. Esse hormônio faz com que não exista óvulo para os espermatozoides fecundarem.
Em ambos os casos, a eficácia chega perto dos 99%, não sendo necessário se lembrar de dosar algum tipo de medicamento ou realizar algo com esse método.
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A Depo-Provera é uma injeção à base de progestina, que precisa ser realizada uma vez a cada três meses. Logo, precisa de manutenção contínua para manter a eficácia. Esse é um método recomendado por médicos para mulheres que não querem tomar pílulas todos os dias ou tiverem problemas de saúde como anemia, convulsões ou doença falciforme.
Segundo estimativas, só seria possível engravidar 12 semanas depois da última injeção. Em termos de eficácia, a injeção Depo-Provera fornece 94%, mas pode subir para 99% de eficácia se removermos o erro humano — que é não receber a injeção no intervalo correto.
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O adesivo anticoncepcional é colado na pele das mulheres e libera estrogênio e progestina por um mês para evitar a ovulação e a gravidez. Ao todo, é necessário colar um adesivo uma vez na semana durante três semanas. Na quarta semana, a aplicação é pulada para que a mulher possa menstruar.
Com uso perfeito, o método possui 99% de eficácia, mas cai para 91% se considerarmos o erro humano. Para melhorar, é preciso ter certeza de que o produto está firme na pele e de que ele seja trocado no mesmo horário todas as semanas. A proteção é imediata caso o adesivo seja colocado nos primeiros cinco dias da menstruação.
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As pílulas anticoncepcionais são dividas principalmente entre as que contêm estrogênio e as que contêm progesterona. Ambas as opções são capazes de interromper ou reduzir a ovulação, sendo que algumas são usadas até mesmo para pular o período da menstruação.
Assim como os adesivos, as pílulas possuem eficácia de 99% com uso perfeito, mas que também cai para 91% ao considerar o erro humano. O ideal é que cada capsula seja tomada no mesmo horário todos os dias, definindo um alarme no celular para ajudar no controle da prevenção.
As pílulas, no entanto, também apresentam menor eficácia caso a pessoa apresente vômitos e diarreia ou tenha feito o uso de antibióticos, antifúngicos e mais alguns medicamentos.
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Os preservativos, seja o externo para cobrir o pênis ou o interno colocado na vagina, funcionam como uma barreira de látex feita para criar uma barreira para o espermatozoide. Dessa forma, o gameta masculino não conseguirá fertilizar o óvulo e a gravidez não será possível.
Esse é um dos métodos contraceptivos mais tradicionais e difundidos ao longo dos anos, também ajudando a diminuir o risco de contrair as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Em média, os preservativos possuem 98% de eficácia com uso perfeito e 85% considerando erros humanos.