Artes/cultura
09/08/2022 às 11:17•2 min de leitura
Você sabia que o Brasil está entre os países que mais têm pessoas sofrendo com algum distúrbio relacionado a questões mentais e emocionais? A maioria de nós tem alguma noção sobre a importância de cuidar de nossa saúde mental. Mas quando as coisas não vão bem, qual profissional devemos procurar?
Se você não sabe a diferença entre um psicólogo, um psiquiatra e um psicanalista, não se preocupe, você não está sozinho! Embora existam algumas semelhanças sobrepostas no trabalho desses profissionais, nem todos os acolhimentos são iguais.
De fato, existem distinções significativas entre cada profissional de saúde mental no que diz respeito à sua formação, orientação teórica, técnicas, abordagens e muitos outros aspectos. Entender essas distinções pode deixar tudo mais fácil para quem precisa de ajuda.
(Fonte: Gettyimages)
Para se tornar um psiquiatra, é preciso frequentar a faculdade de medicina, sendo que depois disso, o profissional ainda deve passar de dois a três anos fazendo residência em psiquiatria.
Essa área do conhecimento tem como base o estudo e tratamento de distúrbios e condições mentais patológicas, tanto aquelas hereditárias quanto adquiridas.
Dessa forma, esse especialista tem a formação teórica e prática necessária para identificar, avaliar, diagnosticar e, por fim, definir as melhores abordagens para o tratamento do quadro clínico do paciente, com o uso de medicamentos para distúrbios mentais, visando tratar os sintomas que o impedem de ter uma vida normal.
Vale lembrar que nos casos de condições mentais graves, como depressão, autismo e esquizofrenia, por exemplo, o psiquiatra tem um papel fundamental para ajudar o indivíduo a lidar com sua situação, garantindo mais qualidade de vida.
(Fonte: Gettyimages)
Os psicólogos são especialistas em saúde mental formados em psicologia. Esses profissionais podem progredir em suas carreiras escolhendo uma área específica da para atuar, como a psicologia organizacional, clínica, forense, ocupacional e educacional, por exemplo.
O psicólogo não possui formação médica, sendo assim, não pode prescrever ou recomendar tratamentos medicamentosos para seus pacientes.
Esses profissionais focam sua atuação na análise, avaliação, diagnóstico, tratamento e estudos dos processos mentais e comportamentos humanos.
Aqueles que exercem a profissão podem ajudar seus pacientes oferecendo abordagens variadas de tratamentos baseados em evidências, como as terapias cognitivo-comportamental e o aconselhamento.
Também realizam avaliações psicológicas, por meio de entrevistas estruturadas, observação direta e testes psicométricos.
(Fonte: Gettyimages)
Em contraste com a psicologia e a psiquiatria, a psicanálise tem como base os princípios elaborados por Sigmund Freud.
A premissa básica adotada por Freud, que era psicoterapeuta, é de que a extensa maioria dos sintomas psicológicos que afetam a nossa saúde mental, surgem como resultado de evitarmos inconscientemente muitas verdades desagradáveis e dolorosas sobre nós mesmos.
Por meio da terapia da fala, o psicanalista procura mergulhar nos conflitos internos, fantasias e experiências passadas do paciente buscando ajudá-lo a se livrar de um determinado problema em sua raiz. A terapia psicanalítica não usa medicamentos.
A psicanálise é um recurso muitas vezes usado quando o paciente não responde bem às formas de tratamento tradicionais.
E, como a área pode envolver análise e interpretação de sonhos, às vezes leva mais tempo que outras terapias para funcionar.
Por muito tempo, psiquiatras e psicólogos tinha formação psicanalítica, sendo que alguns até buscam conhecimento na área atualmente para crescimento pessoal e como recurso adicional para ajudar seus pacientes.
Contudo, nos últimos anos até mesmo leigos podem ser admitidos no treinamento psicanalítico.