Ciência
27/09/2022 às 09:09•6 min de leitura
Um dos eventos mais assustadores do corpo humano, o Teratoma é um caso preocupante não apenas por conceber propriedades cancerígenas aos portadores do tumor, mas também por apresentar atributos físicos dignos de filmes de terror. Devido a sua constituição, esse tipo de volume pode desenvolver dentes, cabelos, olhos e outros órgãos e tecidos, sendo um caso raro que ocorre em proporções super reduzidas.
O tumor está diretamente relacionado às células germinativas e representam entre 10 e 20 por cento dos crescimentos anômalos em ovários. Apesar disso, sua incidência é benigna em maior parte e serve como um estudo importante para a ciência, visto a relação da pluripotência — capacidade de produzir todos os diferentes tipos de tecido — e dos avanços em pesquisas sobre as células-tronco.
Confira abaixo seis fatos interessantes sobre o Teratoma:
(Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Dependendo de sua estrutura, o Teratoma pode ser benigno ou cancerígeno. Tendo esse conceito em mente, os tumores imaturos são mais propensos a resultarem em uma neoplasia, enquanto os maduros tem uma tendência a não causar danos significativos ao organismo. O modelo benigno é normalmente encontrado nos ovários — especialmente em mulheres na pré-menopausa — e deve ser tratado de acordo com sua natureza (sólida, cística ou mista).
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Frequentemente identificada antes dos 18 meses de idade, a "teoria dos gêmeos" é um evento raro que acontece em cerca de 1 a cada 500.000 pessoas. A ocorrência consiste em um feto pequeno sem saco amniótico ou placenta e pode ter a aparência de um estágio intrauterino malformado, sendo constituído de tecido vivo mas sem qualquer chance de desenvolvimento.
Teorias recentes apontam que o caso é oriundo de restos de um gêmeo que foi incapaz de se desenvolver no útero e acabou englobado pelo corpo da criança sobrevivente. Normalmente, ele surge em gêmeos que têm seu próprio saco de líquido amniótico (diamniótico) ou compartilham a mesma placenta (monocoriônica). Além disso, há a total ausência de estrutura cerebral.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Quando não são semelhantes a cistos, muitas vezes os Teratomas são completamente invisíveis. Com isso, é difícil prever um diagnóstico eficaz. Assim, é recomendado que, caso algum caroço seja identificado no corpo, uma consulta médica seja marcada com urgência. O procedimento inclui raio X, ultrassom, ressonância magnética, tomografia computadorizada, exames de sangue e biópsia.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Devido a sua constituição natural, o Teratoma pode conter tecidos como ossos, dentes, músculos e cabelos. Em grego, sua denominação significa "tumores monstruosos" e indica que coisas bem estranhas podem crescer em suas superfícies. Tudo isso é devido a um possível aglomerado de células pluripotentes — aglomerado anômalo, no caso —, normalmente encontradas no óvulo ou no espermatozoide e que carrega atributos humanos para o feto.
Antes de serem reconhecidos como embriomorfos em 1696, os Teratomas registram ocorrências desde o século VII a.C., quando tabuletas da Biblioteca Real Caldeia de Nínive, na antiga Assíria, previram o nascimento de uma criança com três pernas. De acordo com a obra History of Teratomas, de James E. Wheeler, esse evento faz referência a um Teratoma benigno, provavelmente encontrado na base da coluna e capaz de fascinar patologistas e médicos pelos séculos à frente.
(Fonte: Wikipedia / Reprodução)
A fonte de todas as características raras do Teratoma é a considerada célula germinativa primordial. Descoberta em 1961 pelo embriologista experimental Leroy Stevens, a modalidade foi encontrada durante testes com camundongos e atribui propriedades não de diferenciação, mas sim de uma multipotência similar à das células embrionárias. Segundo o pesquisador, essa célula primordial destruía outras unidades estruturais no tumor e surgiu para impulsionar os estudos sobre células-tronco.
Um dos eventos mais assustadores do corpo humano, o Teratoma é um caso preocupante não apenas por conceber propriedades cancerígenas aos portadores do tumor, mas também por apresentar atributos físicos dignos de filmes de terror. Devido a sua constituição, esse tipo de volume pode desenvolver dentes, cabelos, olhos e outros órgãos e tecidos, sendo um caso raro que ocorre em proporções super reduzidas.
O tumor está diretamente relacionado às células germinativas e representam entre 10 e 20 por cento dos crescimentos anômalos em ovários. Apesar disso, sua incidência é benigna em maior parte e serve como um estudo importante para a ciência, visto a relação da pluripotência — capacidade de produzir todos os diferentes tipos de tecido — e dos avanços em pesquisas sobre as células-tronco.
Confira abaixo seis fatos interessantes sobre o Teratoma:
Dependendo de sua estrutura, o Teratoma pode ser benigno ou cancerígeno. Tendo esse conceito em mente, os tumores imaturos são mais propensos a resultarem em uma neoplasia, enquanto os maduros tem uma tendência a não causar danos significativos ao organismo. O modelo benigno normalmente é encontrado nos ovários — especialmente em mulheres na pré-menopausa — e deve ser tratado de acordo com sua natureza (sólida, cística ou mista).
Frequentemente identificada antes dos 18 meses de idade, a "teoria dos gêmeos" é um evento raro que acontece em cerca de 1 a cada 500.000 pessoas. A ocorrência consiste em um feto pequeno sem saco amniótico ou placenta e pode ter a aparência de um estágio intrauterino malformado, sendo constituído de tecido vivo mas sem qualquer chance de desenvolvimento.
Teorias recentes apontam que o caso é oriundo de restos de um gêmeo que foi incapaz de se desenvolver no útero e acabou englobado pelo corpo da criança sobrevivente. Normalmente, ele surge em gêmeos que têm seu próprio saco de líquido amniótico (diamniótico) ou compartilham a mesma placenta (monocoriônica). Além disso, há a total ausência de estrutura cerebral.
Quando não são semelhantes a cistos, muitas vezes os Teratomas são completamente invisíveis. Com isso, é difícil prever um diagnóstico eficaz. Assim, é recomendado que, caso algum caroço seja identificado no corpo, uma consulta médica seja marcada com urgência. O procedimento inclui raio X, ultrassom, ressonância magnética, tomografia computadorizada, exames de sangue e biópsia.
Devido a sua constituição natural, o Teratoma pode conter tecidos como ossos, dentes, músculos e cabelos. Em grego, sua denominação significa "tumores monstruosos" e indica que coisas bem estranhas podem crescer em suas superfícies. Tudo isso é devido a um possível aglomerado de células pluripotentes — aglomerado anômalo, no caso —, normalmente encontradas no óvulo ou no espermatozóide e que carrega atributos humanos para o feto.
Antes de serem reconhecidos como embriomorfos em 1696, os Teratomas registram ocorrências desde o século VII a.C., quando tabuletas da Biblioteca Real Caldéia de Nínive, na antiga Assíria, previram o nascimento de uma criança com três pernas. De acordo com a obra History of Teratomas, de James E. Wheeler, esse evento faz referência a um Teratoma benigno, provavelmente encontrado na base da coluna e capaz de fascinar patologistas e médicos pelos séculos à frente.
A fonte de todas as características raras do Teratoma é a considerada célula germinativa primordial. Descoberta em 1961 pelo embriologista experimental Leroy Stevens, a modalidade foi encontrada durante testes com camundongos e atribui propriedades não de diferenciação, mas sim de uma multipotência similar à das células embrionárias. Segundo o pesquisador, essa célula primordial destruía outras unidades estruturais no tumor e surgiu para impulsionar os estudos sobre células-tronco.