Ciência
22/01/2023 às 12:00•2 min de leitura
Comidas açucaradas geralmente são um grande atrativo para o paladar humano, tornando-se até mesmo irresistíveis e viciantes. O problema, no entanto, é o que excesso de açúcar no sangue faz bastante mal para a nossa saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nós deveríamos consumir apenas 25 gramas de açúcar por dia e jamais ultrapassar a casa dos 50 gramas.
Porém, os brasileiros consomem em média 80 gramas dessa substância por dia, o que equivale a 18 colheres (de chá) de açúcar — um número bastante perigoso. A longo prazo, e combinado com outros péssimos hábitos de saúde, isso pode levar ao aumento do risco de obesidade e diversos outros agravantes. Veja só o que acontece com nosso corpo quando exageramos nas comidas açucaradas!
(Fonte: Shutterstock)
Quando consumimos muito açúcar, o excesso dessa substância passa a causar alterações nos circuitos cerebrais que regulam a fome e a saciedade. Isso faz com que a pessoa queira comer cada vez mais doces, sem considerar se está com fome de verdade ou não.
A longo prazo, essas pequenas alterações na quantidade de açúcar podem causar a perda da função cognitiva, reduzindo a capacidade de memória e atenção. O consumo excessivo de açúcar também facilita o surgimento de placas de gordura nas artérias do cérebro, o que aumenta o risco de um indivíduo sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Também é preciso destacar que o açúcar em grandes quantidades faz com que a grande parte das reservas de gordura presentes no nosso corpo sejam mobilizadas. Eventualmente, esse tipo de processo pode provocar a formação de placas nas artérias coronárias. Isso facilita o surgimento de coágulos (trombos) no coração e reduz o calibre das artérias, afetando diretamente a pressão arterial.
(Fonte: Shutterstock)
Apesar de o cérebro e coração serem os órgãos que mais sofrem riscos com o consumo excessivo de açúcar, eles não são os únicos que estão em perigo. O pâncreas, por exemplo, libera mais insulina conforme mais açúcar está presente no sangue. No entanto, existe um limite de quantidade de insulina que o órgão consegue liberar.
A partir do momento que esse limite é ultrapassado, a glicose é armazenada nos músculos, células de gordura e fígado. Isso faz com que o pâncreas precise trabalhar mais, potencialmente entrando em falência e produzindo pouca insulina — o que resulta em diabetes.
Os rins, fígado e intestino também sofrem grandes alterações por conta do consumo desenfreado de açúcar. Entre os sintomas mais graves estão uma possível perna renal, desenvolvimento de quadros hepáticos e desequilíbrio da flora intestinal. Quem tende a consumir muito açúcar também costuma sofrer com problemas de pele, visto que é possível observar um aumento da oleosidade e o surgimento de acnes.
No fim das contas, comer um chocolatinho ou desfrutar de uma sobremesa sempre parece ser uma experiência muito prazerosa, mas precisamos ter cuidado para não extrapolar os nossos limites.