Artes/cultura
23/02/2023 às 13:00•2 min de leitura
Entender a mente humana é um grande desafio. Medos, traumas ou visões equivocadas da realidade podem interferir muito no comportamento que mantemos no dia a dia, prejudicando nossas interações sociais e a qualidade de nossa vida.
Não por acaso, o número de pessoas que busca atendimento psicológico cresceu muito, principalmente durante a pandemia. Segundo a Associação Brasileira de Psicologia da Saúde (ABPS), 83% dos psicólogos entrevistados notaram um aumento na procura pelo serviço.
Mas o que muita gente não sabe é que os psicólogos têm linhas diferentes de atuação. Cada abordagem psicológica tem características próprias e pode ser mais indicada a um tipo de tratamento.
Sendo assim, é interessante conhecer um pouco dessas abordagens.
(Fonte: Pixabay)
A psicanálise surgiu com os estudos de Sigmund Freud. Foi ele quem definiu que a mente humana se divide em três áreas: o ego, o id e o superego. O id é a parte que lida com os impulsos inconscientes, como o impulso por sexo, morte etc.
O ego lida com as responsabilidades cotidianas. Já o superego lida com a moralidade e com os ideais projetados em algo. O conflito dessas áreas tem impacto no comportamento humano e pode gerar sofrimento.
A psicanálise tem uma vertente muito importante, desenvolvida por Carl Jung, contemporâneo de Freud. Ele inclui a análise dos sonhos como uma forma de acessar o inconsciente e entender as causas do sofrimento do paciente.
Então, existem psicólogos que seguem uma linha freudiana e outros uma linha junguiana.
Também existem os psicanalistas. Essas pessoas não têm graduação em Psicologia e focam exclusivamente na psicanálise. Nesse caso, elas usam a teoria de Freud e Jung para analisar o comportamento do paciente, ajudando-o a se entender.
No Brasil, a maioria das faculdades de Psicologia incluem disciplinas voltadas à Psicanálise.
Um ponto importante da psicanálise é o uso da palavra como ferramenta para acessar informações importantes que indicam as raízes dos comportamentos. Por isso, o paciente é estimulado a falar durante as seções.
(Fonte: Freepik)
Essa abordagem da Psicologia surgiu no século XIX, a partir das pesquisas de John B. Watson, baseadas nos estudos dos russos Vladimir Mikhailovich Bechterev e Ivan Petrovich Pavlov.
Essa abordagem busca alterar comportamentos humanos, tendo várias ramificações. Algumas dessas variações argumentam que o ambiente em que estamos condiciona nosso comportamento. Já outras afirmam que as consequências das nossas ações influenciarão nosso modo de agir.
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A Psicologia cognitiva analisa os processos do cérebro humano responsáveis pelo recebimento, processamento e armazenagem das informações. Portanto, linguagem, memória, capacidade de atenção etc. são questões muito estudadas nessa abordagem da Psicologia.
O mesmo fenômeno pode ser percebido de forma diferente por pessoas distintas, tendo efeitos diversos sobre a vida delas. Esse é um exemplo de situação investigada pela Psicologia cognitiva.
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Criada na década de 1960, por Aaron Beck, essa abordagem da psicologia alia traços da Psicologia comportamental com a Psicologia cognitiva. Dessa forma, são estudados fatores que condicionam a mente a humana a ter determinada reação emocional ou física no paciente.
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Essa abordagem busca compreender o que motiva as pessoas e como essa motivação influencia os seus comportamentos, além da sua satisfação com a própria vida.
Um dos teóricos dessa linha (Abraham Maslow) criou a Teoria das Necessidades Humanas. Nela, são hierarquizadas necessidades humanas. Conforme as pessoas avançam na pirâmide, mais realizadas elas estariam.
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A abordagem evolucionista usa a Teoria da Evolução como ponto de partida para as reflexões sobre o comportamento humano. Nela, são levantadas hipóteses sobre os eventuais ganhos que um comportamento traz à espécie humana, além de como ele influencia na seleção natural.