Estilo de vida
13/04/2023 às 09:10•3 min de leitura
Quem já teve o desprazer de enfrentar uma intoxicação alimentar sabe o quão desagradável são as reações. Curiosamente, ainda que tenhamos medo do que comemos fora de casa, é nos lares que as infecções mais ocorrem no Brasil, segundo o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan).
Essa plataforma do Ministério da Saúde registra dados de doenças e suas motivações em todo território nacional. Os dados disponíveis desde o ano 2000 mostram que quase metade das pessoas infectadas não soube apontar a origem do mal. Todavia, médicos sanitaristas sabem bem os alimentos mais propensos a causar males. Confira a lista.
(Fonte: Unsplash)
As folhas verdes, como alfaces, rúcula e couve, por exemplo, são grandes fontes de intoxicação alimentar. Nos Estados Unidos, a título de curiosidade, é a categoria de alimentos que mais causou mortes nos últimos cinco anos, de acordo com relatório da Consumer Reports.
Isso ocorre por diferentes razões, mas uma delas está ligada à qualidade da água usada na irrigação das plantações. Muitas vezes, ela entra em contato com fezes de animais, contaminando a água com bactérias de fezes que podem acabar na sua salada.
Especialistas recomendam que as primeiras folhas, as mais externas, sejam descartadas, bem como seja feita uma boa higienização do alimento antes do consumo, privilegiando as que podem ser cozidas no lugar de comê-las cruas.
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Acontece com mais frequência do que seria ideal os recolhimentos de lotes de produtos embutidos como salames, presuntos e linguiças, além de queijos, em virtude de contaminação com Listeria monocytogenes, bactéria causadora da listeriose.
A doença atinge principalmente crianças, grávidas e idosos. Costuma causar hospitalização, e pode levar a que gestantes tenham abortos. É considerada uma doença silenciosa, já que resiste a baixas temperaturas da geladeira.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Carne moída de má procedência pode estar contaminada com bactérias oriundas de fezes de animais, fazendo dela fonte para cepas perigosas de E. coli e salmonela. Dentre todos os cortes de carne, a versão moída é considerada a mais perigosa, já que as bactérias podem ser misturadas em toda a embalagem, espalhando-se amplamente em frigoríficos onde ela é processada.
A carne já é, naturalmente, predisposta à multiplicação de agentes infecciosos. No caso da carne moída, seu processo de moagem eleva o risco, já que aumenta a superfície de contato com o meio ambiente e a consequente contaminação microbiana.
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Esse item pode pegar muita gente de surpresa, mas a cebola é um alimento que pode ser atingido por bactérias diferentes. Recentemente, surtos de salmonela têm sido reportados, tendo como origem o consumo de variedades de cebolas.
Em geral, elas acabam contaminadas por duas principais razões: água utilizada para irrigação de plantações carregada de bactérias e mau armazenamento. Como a principal forma de consumo de cebolas é cozida, o calor mata a maioria das bactérias que as atinge. Ou seja, sempre que possível, evite consumi-las cruas.
(Fonte: Unsplash)
O frango é um dos alimentos que mais causa intoxicações no Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, 18% da carne de frango manipulada nos frigoríficos em território nacional apresentam algum tipo de contaminação por salmonela. A legislação brasileira tolera até 20% de contaminação, número que pode chegar a 25% nos Estados Unidos.
Por esta razão, o mais seguro é não consumir frango cru ou mal cozido, e não lavar antes de cozinhá-lo, já que aumenta o risco de espalhar eventuais bactérias pela pia e toda área de cozimento.
(Fonte: Unsplash)
Outro alimento que pode ser fonte de intoxicação alimentar é a farinha de trigo. Não são tão incomuns as contaminações por salmonela ligadas à ingestão de massa crua, razão pela qual é importante que todos os alimentos feitos utilizando farinha estejam bem cozidos, como pizzas, pães e macarrão, por exemplo.
Como você deve ter notado, a atenção ao bom cozimento vale mesmo para alimentos que não levam ovo no seu preparo. O tratamento térmico em altas temperaturas até o cozimento é suficiente para eliminar qualquer eventual bactérias presente na farinha.