O que é a ozonioterapia e para que ela serve?

Legalizada no Brasil, a ozonioterapia é um processo que, apesar de não reconhecido cientificamente, já é utilizado por profissionais da saúde e da estética supostamente para estimular a oxigenação dos tecidos em alguns procedimentos. Vamos ver como funciona a ozonioterapia e quais são os riscos e cuidados ao fazer essa escolha.

A ozonioterapia já é comum em consultórios odontológicos, mas sem eficácia comprovada em tratamentos. (Fonte: GettyImages)

Ozonioterapia: o que é?

Na ozonioterapia, utiliza-se o ozônio, uma forma ativa do oxigênio, aplicado aos tecidos, de forma a oxigená-los para tratar diferentes condições. O procedimento é realizado com uma injeção de uma mistura de oxigênio e ozônio diretamente na área afetada ou pela exposição ao ozônio por meio de água ozonizada, ou óleos ozonizados.

Teoricamente, esse processo permite que o organismo tenha reações melhores a doenças infecciosas, inflamações e dores crônicas. Atualmente, na área da saúde, a ozonioterapia é utilizada, principalmente, no tratamento de cáries, gengivite e periodontite, tratamento de canal e cirurgias ortodônticas. 

Quais são os benefícios?

Defensores da ozonioterapia afirmam que ela pode ser eficaz no tratamento de doenças autoimunes e outras como artrite, infecções e até câncer. Isso porque contribui para a melhoria da circulação sanguínea, estimulação do sistema imune, cicatrização, redução da inflamação e alívio da dor. 

No entanto, nenhum desses ganhos é, de fato, comprovado cientificamente. Os resultados positivos da ozonioterapia são baseados em relatos de profissionais e pacientes e não verificados pelo método científico. Portanto, ela deve ser encarada como uma pseudociência e um tratamento alternativa, não como um caminho comprovado para uma possível cura.

Quais são os riscos?

Como o ozônio é um gás altamente reativo, ao ser administrado em concentrações inadequadas ou de forma incorreta, pode causar efeitos colaterais indesejados e até riscos à saúde. Exemplos disso são: irritação pulmonar, alergias respiratórias, dor de cabeça e tonturas. 

Essas reações podem acontecer logo no primeiro contato à altas doses do elemento ou quando o tratamento é realizado de forma muito intensiva, repetido muitas vezes em um curto período. Ao notar sensações estranhas como essas, interrompa o processo imediatamente e procure um médico.

Saiba mais sobre o assunto antes de optar pelo tratamento com ozônio. (Fonte: GettyImages)

Cuidados indispensáveis

Além de consultar um profissional especializado no seu caso específico e tirar suas dúvidas sobre o procedimento antes de utilizá-lo, é necessário resgatar o histórico médico, condições de saúde atuais e tratamentos anteriores já realizados. Esse levantamento de fatores é o vai determinar se a ozonioterapia pode ser efetiva ou não. Ainda assim, os resultados podem ser nulos.

Como ainda não existem evidências médicas e científicas sobre a função da ozonioterapia, seu uso é restrito e, por isso, se torna mais difícil encontrar profissionais e lugares especializados, que possam oferecê-la de forma segura. Se atente à questões como higiene, cuidados e organização para garantir sua segurança. No Brasil, a regulamentação é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).