Não sonhar pode mesmo ser um sinal de depressão?

10/02/2024 às 06:002 min de leitura

Os sonhos estão presentes em todas as fases da vida, embora se apresentem de formas variadas. O motivo pelo qual sonhamos não é totalmente compreendido, apesar de já haver várias teorias sobre isso. Mas, como os distúrbios do sono tendem a ser mais comuns entre aqueles diagnosticados com depressão, os sonhos podem se manifestar de uma forma diferente.

Quem lida com o transtorno, de uma forma geral, tende a se sentir exausto com uma maior intensidade, além de ter uma necessidade de repousar por um tempo maior. Ainda assim, episódios de insônia são relativamente comuns entre os acometidos pela doença e, dentro da literatura médica, são associados à piora do quadro depressivo.

Por conta das preocupações envolvendo a evolução do transtorno, há quem suspeite que não sonhar durante a noite pode ser um sinal de depressão. Será mesmo?

Relação entre os sonhos e a depressão

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Os sonhos oferecem uma visão bastante rica do nosso subconsciente. Alguns deles são vívidos e nos transportam para uma realidade paralela, enquanto outros parecem estar mais envoltos numa espécie de névoa. E assim como podemos nos deparar com relatos engraçados, esquisitos e assustadores, também podemos eventualmente concluir que sequer sonhamos.

Dada a infinidade de sonhos possíveis, é preciso considerar que mal nos lembramos deles depois que despertamos. As imagens vão se apagando da nossa memória em questão de minutos, e inclusive é por esse motivo que há quem registre o máximo de detalhes num diário.

Ou seja, o mais provável é que iremos esquecer do que foi sonhado, e associar isso a um possível quadro depressivo não é adequado, portanto. Da mesma forma, pesadelos que remetem a alguma situação desagradável e despertem sensações ruins, por si só, não devem ser encarados como um sinal da doença.

Sinais de depressão e diagnóstico

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Para que a depressão seja diagnosticada, um quadro bem amplo é considerado e analisado por um longo período, já que o transtorno pode advir de uma predisposição genética, manifestando-se desde a adolescência, assim como pode ser consequência de uma fase mais delicada.

Além disso, a doença pode se apresentar com uma faceta mais apática, em que o desinteresse diante do mundo prevalece sobre o ângulo melancólico e triste que estereotipa o transtorno. Outro fator indicativo é o período que ele perdura. De toda forma, reparar nos sonhos e na rotina de sono é fundamental, principalmente para quem está deprimido.

Ainda dentro desse assunto, há artigos que exploram justamente o oposto do que já foi questionado sobre a ausência de sonhos. Eles apontam que os padrões de sono entre os deprimidos podem fazê-los sonhar mais, já que em teoria eles ingressam na fase do sono REM mais rapidamente.

Insônia é um fator de risco para a depressão

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Um estudo publicado na Dialogues in Clinical Neuroscience foi além e estabeleceu uma relação entre insônia e depressão, de modo que ela foi considerada como um fator de risco para a sua ocorrência. E ainda vale destacar outro ponto importante: a má qualidade do sono foi encarada como um fator que reduz a resposta ao tratamento contra a depressão e induz a novas crises.

Pensando nisso, além de dormir pelo menos o mínimo recomendado, buscar um ambiente tranquilo para repousar é um passo necessário para ter uma noite de sono mais agradável — e, consequentemente, é um empurrãozinho a mais para afastar a fadiga e a melancolia.

Dentro do quadro depressivo, todo cuidado é decisivo. E nunca é demais lembrar: quando existe dúvida se a melancolia persistente realmente é algo mais sério e evoluiu para uma depressão, buscar ajuda profissional é essencial.

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