Artes/cultura
12/08/2024 às 20:00•2 min de leituraAtualizado em 12/08/2024 às 20:00
Sabe aquela sensação de receber uma notícia impactante e ter impressão de "soco" no peito? O coração dispara, a respiração acelera, e algumas pessoas relatam até experimentar um frio na barriga.
Em algumas vezes na vida, nós nos deparamos com essa sensação de tomar um susto, que quase nunca é agradável. Embora possa dar essa impressão, o coração não para exatamente, mas a chamada “ciência do medo” explica o que acontece em nosso organismo.
Quando tomamos um susto ou somos tomados por uma forte emoção, geralmente cercada de alguma ansiedade pelo que pode acontecer a partir daí, nosso corpo dispara uma série de substâncias químicas. O objetivo é nos preparar para enfrentar uma potencial ameaça que se aproxima.
É possível experimentar uma espécie de “pulo” dentro do peito. Se você sente isso, saiba que se trata de uma reação do sistema nervoso simpático, que é uma ferramenta utilizada pelo nosso organismo para nos preparar para dar uma resposta a seguir – seja para lutar ou para fugir da ameaça.
A sensação é provocada pela liberação de hormônios que influenciam em nossas funções fisiológicas. Um dos principais deles é a adrenalina, gerada pelas glândulas suprarrenais e injetada no nosso sangue.
Por consequência, o nosso sistema cardiovascular reage fazendo o coração bombear mais rápido, aumentando o envio de sangue para os órgãos e os músculos. A razão é simples: você precisará desse oxigênio a mais se tiver que correr de um predador.
Qualquer pessoa que já teve que tomar uma injeção de adrenalina sabe que uma descarga inesperada desse hormônio não proporciona exatamente uma sensação boa. Afinal, vale lembrar que esse é o hormônio do estresse, e que está associado aos sentimentos de nervosismo e ansiedade.
Mas eventualmente é preciso tomar uma injeção por razões de saúde, como no caso de anafilaxia frente a um reagente alergênico. Ela também pode ser útil em casos de parada cardíaca, uma vez que força a retomada dos batimentos do coração.
E tudo isso explica porque uma alta carga de adrenalina no corpo, mesmo quando emitida de forma natural, não é exatamente prazerosa. E é isso o que acontece quando somos confrontados com algo inesperado, o que se soma a um estado de alerta que se instala muito rapidamente em nosso corpo.
Por fim, é importante ressaltar que, mesmo que a ativação do sistema nervoso simpático seja uma resposta normal a uma surpresa, algumas condições mais perigosas podem acontecer. Se ao tomar um susto você segue com dor no peito ou com um desconforto permanente, procure imediatamente um médico – afinal, é possível, sim, morrer de medo.