Estilo de vida
02/05/2024 às 12:00•2 min de leituraAtualizado em 02/05/2024 às 12:00
A maternidade é uma tarefa desafiadora e repleta de emoções. Nesse processo, a mulher passa por altos e baixos, misturando os mais diversos sentimentos. Isso reflete na criação dos filhos nos mais diversos estágios, inclusive a fase da amamentação.
E aí, a pergunta que fica no ar é: esse misto de emoções pode afetar a produção do leite materno para um bebê?
Segundo Katherine Sorroche, psicóloga especializada em saúde mental da mulher e parentalidade, e Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora internacional de lactação, é preciso preparo emocional para uma amamentação bem-sucedida.
"A vida moderna tirou as mulheres do lugar de conexão com seus instintos, tornando essencial um preparo emocional para a amamentação e o puerpério psicológico", explica Katherine. Para ela, a saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física para oferecer o melhor ao bebê.
A enfermeira Cinthia concorda, além de mencionar que o estado emocional, de fato, pode atrapalhar na amamentação. Isso vai desde cansaço a questões mais graves, como ansiedade e depressão.
"Sentimentos como dor, cansaço extremo e insegurança podem inibir a ocitocina, hormônio responsável pela ejeção de leite, comprometendo a amamentação", ressalta a enfermeira obstetra.
Ambas as especialistas concordam que sinais como tristeza intensa, falta de esperança e desânimo são indicativos que a mãe não está emocionalmente bem no pós-parto.
"Buscar apoio da rede de suporte e profissionais especializados é fundamental para ajudar a mulher a enfrentar esse momento delicado", recomenda Cinthia.
Já Katherine enfatiza a importância de compreender as razões emocionais por trás das dificuldades na amamentação, além de oferecer suporte adequado.
"É essencial reconhecer que a maternidade é uma jornada que envolve aspectos emocionais profundos, e oferecer suporte emocional adequado é fundamental para promover uma amamentação saudável e satisfatória", concluem as especialistas.