Artes/cultura
06/08/2024 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 06/08/2024 às 17:17
Um novo estudo feito por pesquisadores da Texas A&M University, nos Estados Unidos, afirma que as mesas de pé são a opção ideal para trabalhadores que buscam reduzir o desconforto e aumentar a produtividade no ambiente de trabalho. Segundo o artigo, somente 50% das pessoas que usam esse tipo de mesa sentem desconforto na parte inferior das costas — número que sobe para 80% em usuários de mesas convencionais.
As "mesas de pé" são definidas por uma superfície de trabalho fixa aproximadamente na altura do cotovelo em pé. Segundo o estudo, usuários desse tipo de móvel também registraram uma contagem de palavras maior durante a digitação em comparação com aqueles que usam uma estação de trabalho comum, indicando aumento de produtividade.
Conforme mostram os dados coletados pelos pesquisadores norte-americanos, existem evidências claras de que pessoas que trabalham em escritório passam a maior parte de suas jornadas de trabalho de oito horas sentados, o que costuma estar acompanhado de sintomas como exaustão diurna, hipertensão e desconforto musculoesquelético.
Nesse sentido, as mesas de escritório para se trabalhar de pé aliviam os sintomas físicos e aumentam a produtividade dos trabalhadores. Contudo, ainda há dúvidas sobre o melhor uso dos principais tipos de estação de trabalho para aumentar a atividade física de funcionários e prevenir problemas de saúde.
Para responder essas perguntas, os pesquisadores mediram o uso de computador e os níveis de atividade de 61 funcionários do escritório de uma grande universidade durante 10 dias, avaliando qualquer desconforto e desenvolvendo possíveis soluções. As "cobaias" foram divididas em três grupos: trabalhando exclusivamente de pé, trabalhando exclusivamente sentado e um híbrido entre os dois modelos.
Em termos de desconforto, os pesquisadores descobriram que 65% de todos os participantes sentiram dores no pescoço. Contudo, 80% do grupo da estação de trabalho tradicional relatou desconforto na parte inferior das costas, em comparação com apenas 51,7% do grupo que trabalhou em pé. De todo modo, os investigadores fazem um alerta: os números podem enganar.
Segundo os cientistas, não houve diferença significativa em outros resultados que mostrem uma melhora tão absurda assim e a chave para a resolução do problema talvez esteja em encontrar soluções criativas para o ambiente de trabalho. “O ponto principal é que o risco de problemas de saúde decorrentes do trabalho sedentário pode ser aliviado por meio de opções alternativas de mesa, como estações de trabalho híbridas ou em pé”, relataram no artigo.
O estudo ainda conclui que essas são soluções vantajosas para beneficiar a saúde de todos os trabalhadores e, ao mesmo tempo, manter a alta produtividade que os empregadores esperam.