Ciência
27/07/2017 às 12:31•1 min de leitura
A vida de Angelina Jolie não anda muito fácil nos últimos anos: depois de passar por uma mastectomia dupla e se separar de Brad Pitt, ela relata ter desenvolvido a paralisia de Bell, também conhecida como paralisia facial periférica. A revelação aconteceu na edição de setembro da Vanity Fair, que traz uma entrevista com a atriz em que ela revela detalhes de sua separação.
A paralisia de Bell costuma ser temporária na maioria dos casos e atinge a metade do rosto dos pacientes. Os músculos dessa região sofrem uma fraqueza súbita, fazendo com que a pessoa fique com a lateral da face aparentemente caída. Não existe uma idade ou um sexo mais propenso a desenvolver esse problema, mas a gravidez, a gripe e o diabetes podem deixar as pessoas mais propensas a essa paralisia.
Como apenas um dos lados do rosto fica paralisado, muita gente acredita que teve um acidente vascular cerebral (AVC), mas as duas coisas não estão relacionadas. Ainda não se sabe as causas exatas para o surgimento da paralisia de Bell, mas ela é resultado de uma inflamação do nervo craniano, normalmente em decorrência de alguma infecção viral, tal como a varicela, a herpes-zóster, a rubéola e a mononucleose.
Os sintomas são bem característicos: a pessoa só sorri com um lado da boca, a mastigação fica comprometida no lado afetado e até mesmo baba pode vazar! Além disso, fica complicado piscar e fechar o olho e até a fala fica alterada. Apesar de sintomas bem visíveis, normalmente os médicos pedem exames para identificar a possível causa da inflamação do nervo.
Algumas pessoas curam a paralisia de Bell sem nenhum tipo de tratamento, apenas esperando que a inflamação diminua e as funções motoras da face se normalizem. Entretanto, é possível tratar com corticoides, analgésicos e antivirais, dependendo da avaliação médica. A fisioterapia também pode ser aplicada em alguns casos, mas é importante que seja feita com acompanhamento de um especialista.