Artes/cultura
17/08/2017 às 10:25•1 min de leitura
Hoje em dia, os exames para detectar a doença de Alzheimer quase sempre têm a memória como objeto de análise. O problema é que essa moléstia pode dar os primeiros sintomas até 20 anos antes de as perdas de memórias começarem, mas o diagnóstico precoce ainda era difícil de ser feito.
Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, estão estudando formas de detectar o mais cedo possível o Alzheimer e, com isso, iniciar terapias que tentem atrasar o máximo possível o desenvolvimento da doença. Curiosamente, a falta de sensibilidade do olfato pode ser um dos primeiros indícios de que a pessoa vai ser acometida por essa enfermidade.
O estudo teve como base 300 voluntários com casos de Alzheimer na família, principalmente os pais. A idade média dessas pessoas era de 63 anos, e elas precisavam identificar uma série de cheiros, como o de gasolina ou chiclete. Esses voluntários também eram testados periodicamente com punções lombares para análise do fluido espinhal, que pode mostrar proteínas relacionadas à doença.
Atualmente, o Alzheimer é detectado principalmente através de testes de memória
Aqueles com maiores dificuldades para identificar os cheiros eram os que mais tinham essas proteínas presentes no corpo, sendo um indício de que ambos os cenários podem estar relacionados. A diminuição da sensibilidade olfativa de portadores de Alzheimer é de conhecimento há pelo menos 30 anos, mas normalmente é vista em pacientes que já desenvolveram a doença.
Ainda que não seja uma cura para o Alzheimer, desenvolver métodos que possam fazer diagnósticos ainda mais precoces é uma das metas da medicina moderna. Assim, os sintomas podem ser retardados em pelo menos 5 anos, e a detecção ser feita de maneira cada vez menos invasiva.