Artes/cultura
13/09/2017 às 05:54•3 min de leitura
Como você sabe, a passagem do furacão Irma por diversas ilhas do Caribe e costa norte-americana deixou um imenso rastro de destruição em seu caminho. O prejuízo nem foi contabilizado ainda, mas o número de vítimas fatais (até o momento) é de 55 pessoas — sem falar nos milhares que perderam suas casas ou nos milhões que tiveram que ser evacuados ou deixados sem eletricidade. Mas o Irma está longe de ser o furacão mais letal e catastrófico de que se tem notícia! Descubra a seguir quais foram os piores de todos os tempos:
Este furacão começou como uma simples tempestade tropical ao leste das Bahamas, mas, conforme foi se aproximando de Flórida Keys, no litoral norte-americano, foi ganhando força até atingir ventos com velocidades de 320 km/h — colocando-o como um furacão de categoria 5 na Escala Saffir-Simpson.
(Wikimedia Commons/Domínio Público)
Infelizmente, quando esse furacão se formou, as tecnologias de monitoramento e previsão de rotas ainda não existiam, portanto, era praticamente impossível prever a direção que ele ia tomar. No fim, sua passagem deixou cerca de 400 mortos, muitos dos quais estavam aguardando ansiosamente por um trem que ajudaria na evacuação dos residentes, mas que foi arrastado dos trilhos pelo furacão. Veja:
(Wikimedia Commons/Domínio Público)
Todo mundo já ouviu falar sobre o Katrina, certo? O furacão se formou em 23 agosto de 2005 e, no dia 26, quando todos pensavam que ele estava começando a se dissipar, seus ventos voltaram a se intensificar rapidamente até o fenômeno alcançar a categoria 5 na Escala Saffir-Simpson. No dia 28, a cidade de Nova Orleans recebeu ordens de evacuação, e quando o Katrina chegou por lá — já rebaixado à categoria 3 —, ele provocou fortes tempestades.
(Wikimedia Commons/Jeff Schmaltz/NASA/GSFC)
Cerca de um milhão de habitantes deixaram suas casas, mas muitos decidiram permanecer ou não puderam sair de Nova Orleans. Só que o sistema de diques que protegiam a cidade não conseguiu conter o aumento no nível das águas do Lago Pontchartrain e de um canal de navegação do Rio Mississippi. Então, alguns deles acabaram se rompendo e mais de 80% da cidade foi inundada. Mais de 1,8 mil pessoas morreram como resultado da passagem do Katrina — 40% delas por afogamento.
O evento meteorológico do qual vamos falar a seguir atingiu a cidade de Galveston, no Texas, no início de setembro de 1900, e destruiu a localidade. Na verdade, ele só começou a se transformar de tempestade tropical a furacão apenas quando chegou à costa da Flórida, dando aos residentes do município texano quatro dias para se preparar para sua passagem. Ele registrou ventos com velocidades de 215 km/h e deixou um número de mortos estimado entre 6 mil e 12 mil pessoas.
(Wikimedia Commons/Domínio Público)
O furacão Mitch se formou em 1998, e teve ventos que atingiram os 285 km/h — colocando-o como categoria 5 na Escala Saffir-Simpson. No entanto, ele começou como uma depressão tropical nas imediações da Jamaica que, pouco a pouco, foi ganhando força até chegar à região de Honduras e da Nicarágua. E o Mitch castigou esses dois países pra valer!
(Wikimedia Commons/NOAA)
Durante nada menos que dois dias, o furacão gerou tempestades que “despejaram” 10 centímetros de água por hora sobre as duas nações, causando enchentes devastadoras e deslizamentos de terra que deixaram 11 mil mortos e o mesmo número de desaparecidos. Só um dos deslizamentos registrados na Nicarágua contabilizou 2 mil fatalidades. Apenas em Honduras, onde boa parte da infraestrutura e agricultura foi destruída, o Mitch provocou um prejuízo de US$ 5 bilhões (mais de R$ 15 bilhões).
Também conhecido como Furacão São Calisto, quando o Grande Furacão de 1780 —considerado o mais letal de todos os tempos — passou pelo Caribe a Escala Saffir-Simpson ainda não havia sido criada. Tampouco existiam todos os equipamentos dos quais dispomos hoje em dia para a coleta de dados científicos da tempestade, portanto, não sabemos exatamente qual era a força dos ventos desse monumental evento meteorológico.
(Hyom History)
Segundo os documentos que existem da época, o furacão atingiu várias ilhas do Caribe, incluindo Barbados, Martinica e St. Lucia, durante seis dias e, com base nos relatos de quem sobreviveu à sua passagem, os meteorologistas estimam que seus ventos atingiram os 320 km/h — o que significa que ele foi um furacão de categoria 5. Mas e com relação ao número de vítimas?
Em 1780, os EUA e a Grã Bretanha estavam se engalfinhando pela Guerra de Independência dos Estados Unidos, e havia vários navios dos dois lados espalhados pelo Caribe. Entre soldados britânicos, norte-americanos e habitantes das ilhas caribenhas, o número de mortes provocadas pela passagem do furacão foi de 22 mil pessoas.