Ciência
16/11/2017 às 09:07•1 min de leitura
Charlotte Watts, pesquisadora dos efeitos do estresse no corpo, estuda as formas como esse tipo de sobrecarga mental afeta a nossa saúde e nos faz ter algumas deficiências de vitamina, inclusive.
De acordo com Watts, quando o estresse está em alta, nossos nutrientes são utilizados de forma mais intensa, diminuindo nossa energia, prejudicando o funcionamento do cérebro, desiquilibrando os níveis de hormônios e prejudicando o funcionamento da imunidade.
Todos esses processos podem nos fazer ter algum tipo de deficiência nutricional. Em uma relação de sintomas publicada no The Independent, Watts revelou os sintomas que essas deficiências podem nos causar.
Lábios rachados podem indicar falta de vitamina B6; dentes rangendo, de vitamina B5; pontinhos brancos nas unhas podem sinalizar falta de zinco; constipação intestinal ou diarreia podem ser sinais de deficiência de magnésio; sangramento nas gengivas de vitamina C; manchas nas mãos, de vitamina E; e infecções na garganta podem indicar falta de vitamina A.
Além dessa questão dos nutrientes, uma pesquisa realizada pela Universidade da Flórida revelou que mulheres que viveram experiências muito traumáticas têm também mais chances de acumular gordura na região abdominal e de se tornarem obesas.
A autora da pesquisa, Michelle A. Albert, disse que a relação entre comer muito ou pouco é investigada já há tempos, em termos de estresse. Ela explicou também que atividades neuro-hormonais liberam cortisol quando estamos muito estressados, e que isso, por si só, contribui para o ganho de peso.
Para nos ajudar a não enxergar o estresse como um grande vilão apenas, pesquisadores de Illinois estudaram os efeitos benéficos de poucas quantidades de estresse e descobriram que, quando o estresse não acontece em demasia, pode melhorar a saúde das nossas células, já que pequenas doses de cortisol atuam como protetores celulares, que retardam o envelhecimento e diminuem as chances de desenvolvermos doenças como o Alzheimer.