Artes/cultura
20/11/2017 às 16:06•2 min de leitura
Hoje em dia, a Ciência tem o conhecimento de mais de 750 mil cometas e asteroides. Todos eles, entretanto, pertencem ao Sistema Solar. Bem, quase todos: o Oumuamua foi descoberto em 19 de outubro deste ano e possui uma órbita extremamente hiperbólica, levando os pesquisadores a concluir que, apesar de ele estar passando aqui “nas redondezas” neste momento, na verdade ele vem de fora de nosso Sistema.
Mas essa não é a única particularidade deste astro, não... Com nome científico C/2017 U1, o Oumuamua tem 800 metros de comprimento, por 80 metros de largura e 80 metros de altura! Ou seja, ele tem o formato de um gigantesco charuto achatado! É a maior desproporção entre comprimento e largura observada em qualquer objeto que já passou pelo Sistema Solar.
O legal dessa descoberta é que ela pode dar novas pistas de como são os astros formados em outros sistemas solares. Acredita-se que ele tenha se desgarrado de seu sistema original há milhões de anos, estando “casualmente” de passagem aqui pela Via Láctea.
Com uma órbita bastante incomum, o Oumuamua já está se distanciando do Sol
Pelo fato de ser um objeto interstelar detectado pela primeira (e potencialmente única) vez, ficou difícil para os cientistas lhe atribuírem um nome. Por conta disso, escolheram uma nomenclatura havaiana: “Oumuamua” significa algo como “um mensageiro de longe chegando pela primeira vez”.
A descoberta também trouxe um alerta: o impacto de um objeto desse tipo no planeta Terra liberaria uma energia muito maior do que se ele fosse esférico, como se presumiam que fossem todos os asteroides.
Ninguém sabe exatamente de qual região do Universo o Oumuamua veio, mas acredita-se que sua órbita tenha sido alterada pelo suposto planeta Nine. O asteroide tem uma coloração avermelhada, semelhante à maioria dos conhecidos que orbitam o Sol, provavelmente sendo metálico e rico em carbono, mas tudo isso é especulação, já que o astro está cada vez mais distante de nós. Viajando a uma velocidade de 38 km/s, o asteroide tem como rota a constelação de Pégaso.
Esboço artístico mostra o formato do asteroide interestelar, o primeiro a ser descoberto pelos cientistas