Artes/cultura
22/01/2018 às 10:58•2 min de leitura
Um hábito muito comum e que já não causa mais tanta estranheza é o de levar o celular para o banheiro como uma forma de distração. O antigo costume de se ler revistas ou até jornais durante os inadiáveis chamados da natureza foram ficando obsoletos. Hoje não é raro perceber que nem todo mundo consegue se desconectar até em seus momentos de maior privacidade. No entanto, existem alguns problemas com isso, por mais que muitos tentem ignorar.
Você pode imaginar que o principal problema é o que deixa os especialistas na área da saúde indignados: a contaminação por germes e bactérias. Você pode até lavar bem as mãos quando sai do banheiro, mas depois vai colocar os dedos no celular de novo ou aproximar o aparelho do rosto se precisar atender alguma ligação ou fazer uma chamada. Existe também o risco de derrubar o telefone no vaso sanitário (quem não conhece alguém que tenha passado por isso?). Só esses já seriam bons motivos para abandonar o hábito, mas há outra razão, talvez pouco discutida sobre o assunto.
A questão é que, muitas vezes, o momento em que as pessoas vão ao banheiro é o único período de distração que se tem durante o dia. Cotidiano agitado, cobranças, pressão, trabalho ou estudos podem fazer o dia passar num piscar de olhos, sem sobrar tempo para nada. Por isso é que se tem discutido como os momentos de distração merecem uma valorização maior nessa geração hiperconectada. A ida ao banheiro, que de certa forma é uma parada obrigatória dos afazeres, também poderia ser utilizada como um momento para se desconectar.
Acostumamo-nos à interconectividade mesmo nos horários livres: associamos a prática de "fazer nada" com atividades como assistir Netflix ou TV, jogar videogame, ficar no computador matando o tempo nas redes sociais e, é claro, ao celular também. Mas se estamos fazendo algumas dessas coisas não estamos exatamente fazendo nada, certo? O cérebro está recebendo estímulos e informação dos dispositivos. Então não podemos dizer que estamos fazendo nada. Como saber o que realmente passa pela sua mente se a cabeça não tiver essas chances de não receber nenhum estímulo ou informação?
Estamos falando sobre deixar o celular para ir ao banheiro, mas a verdadeira questão é passar alguns minutos durante o dia desconectado. Se você não pode se dar ao luxo de fazer isso a qualquer momento, então sugerimos que seja na inevitável hora de pausar o que estiver fazendo para ir ao banheiro. Além dos riscos de contaminação e doenças, existe a possibilidade de perder o aparelho para um mergulho mortal, fora a chance desperdiçada de finalmente ter um tempinho para realmente não pensar em nada.
Talvez você seja familiarizado com o conceito básico da meditação: limpar a mente de todo e qualquer pensamento para relaxar o corpo e a alma. Mas se você não curte a prática, pode simplesmente aproveitar os minutos de folga que puder ter para relaxar sua mente. Isso pode te ajudar a controlar a ansiedade, conseguir mais concentração e até encontrar uma solução para algum problema que o esteja incomodando.
Você costuma deixar seu celular ou tablet de lado quando vai ao banheiro ou também são inseparáveis até nessas horas? Experimente fazer essa pequena mudança de hábito uma ou outra vez para se livrar um pouco da dependência do celular a todo momento. Afinal, uma jogadinha no Candy Crush ou a olhadinha rápida no Facebook podem esperar mais um pouco.
Por que você não deveria levar seu telefone para o banheiro via TecMundo