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29/01/2018 às 07:30•2 min de leitura
Construções sustentáveis e novas formas de captar energia. Não é de hoje que esse assunto transita entre os cientistas. Afinal, é preciso pensar em alternativas para diminuir os impactos causados pelo homem ao meio ambiente. Unindo design e engenharia, já começaram a surgir alguns produtos diferentes. Asjanelas inteligentes são um exemplo. Vários modelos já surgiram, sendo capazes de mudar a sua opacidade de acordo com os raios solares.
Ainda assim, esse objeto continua exercendo fascínio entre os pesquisadores, e sempre surgem novas ideias no mercado. A mais recente foi desenvolvida por uma equipe de engenheiros da Universidade Alemã Friedrich-Schiller e promete revolucionar o mercado. O motivo? A janela não só muda a sua opacidade, como também capta a energia dos raios solares.
As janelas projetadas pelos pesquisadores alemães são muito mais funcionais. Feitas com o design da Linha de Fluidos Wide-Area (LaWin), elas usam uma suspensão fluida de partículas de ferro. Esse fluido está contido dentro da janela em uma série de longos canais verticais, permitindo que a janela altere a opacidade e absorva e distribua o calor no ambiente.
O que muda? Primeiramente, a economia. Afinal, a luminosidade do ambiente pode ser controlada por meio de um interruptor que arrasta as nanopartículas fluidas do ferro, deixando a janela totalmente transparente.
Segundo, além de captar a luz do sol e transformar em energia, as janelas suportam sistemas de ar-condicionado interno. Ou seja, dá para resfriar o ambiente usando a energia proveniente das janelas.
Para usar as janelas inteligentes, é necessário integrar os painéis LaWin aos vidros, o que é um processo é fácil, pois já existem tecnologias mais avançadas na fabricação de vidro. A instalação é parecida com o processo de criação de vidros duplos e triplos.
Agora, imagine quanto os prédios comerciais e residenciais podem ganhar com essa tecnologia... O custo-benefício vale a pena, pois a tecnologia ajudará a reduzir o gasto com sistemas de refrigeração.
A tecnologia vem recebendo insumos desde 2015, com o financiamento do Programa Horizonte 2020 da União Europeia. Esse é o maior projeto europeu de apoio à pesquisa e à inovação e prevê investimentos de até 80 bilhões de euros (cerca de R$ 270 bilhões) em 5 anos.
Além das janelas inteligentes, outros projetos contam com apoio do programa. A startup Mater Dynamics, por exemplo, recebeu 50 mil euros no ano passado para conduzir seu projeto. Incubada no TEC Labs, a startup de nanotecnologiaestá desenvolvendo o QStamp, sensor que permite medir variáveis como temperatura, humidade e pressão, dando informação em tempo real sobre o estado de conservação e qualidade de produtos alimentares e farmacêuticos.
O programa europeu também passou a incluir projetos desenvolvidos no Brasil. Então, se você tiver uma ideia inovadora e disruptiva, vale a pena pesquisar sobre as regras.
Voltando às janelas inteligentes, vai demorar um pouco ainda para que prédios possam ser projetados com elas. A expectativa é de que o produto seja comercializado apenas a partir de 2019.
Gostou da ideia de janelas com nanopartículas? Acredita que essa pode ser uma boa solução sustentável? Compartilhe sua opinião nos comentários!
Conhece as janelas do futuro? Elas captam energia solar e mudam a opacidade via TecMundo