Orca imita fala humana pela primeira vez na História – ouça aqui

Pela primeira vez na História uma baleia orca conseguiu copiar sons da fala humana e reproduzir palavras como “hello”, “bye bye” e até mesmo “Amy”, que é o nome da sua treinadora.

A baleia em questão, que agora virou notícia em todo o mundo, é Wikie, uma orca fêmea de 14 anos de idade e que vive em um aquário na França. A gravação do “diálogo” entre Wikie e sua treinadora aconteceu como parte de um estudo realizado pela Universidade Complutense, de Madrid, que buscou entender qual é a capacidade que esse tipo de animal tem de imitar vocalizações humanas.

A baleia passou por uma série de treinamentos e, ao final, estava conseguindo repetir palavras básicas, que conseguimos ouvir no vídeo a seguir:

Obviamente, não é simples fazer com que a baleia repita os sons, e o vídeo acima só foi gravado depois de inúmeras tentativas. Os sons serviram também para que os cientistas estudassem a forma das ondas sonoras produzidas tanto pela treinadora quanto pela baleia, para garantir a similaridade.

Ainda que esse tipo de notícia nos deixe animados, é preciso lembrar que a baleia não está, de fato, falando, mas sim repetindo sons. Wikie é, sim, um animal realmente inteligente, mas isso não significa que ela entende o que as palavras que aprendeu a falar representam.

A pesquisa serve, ainda, como prova da inteligência avançada desses animais – o fato de que as orcas conseguem imitar sons de outras espécies significa que elas têm uma grande inteligência social também.

“Uma das coisas principais que marcam a evolução da inteligência humana é a habilidade de ter aprendizado social, de imitar, e de ter uma cultura. Então se você descobre que outras espécies também têm a capacidade de aprendizagem social, que poderia ser imitando ou ensinando, você espera uma grande flexibilidade nessa espécie”, afirmou o pesquisador Jose Abramson, em declaração publicada no IFL Science.

Além das orcas, outros animais conseguem imitar a fala humana com certa facilidade, como é o caso dos papagaios, orangotangos e até baleias beluga.