Artes/cultura
15/02/2018 às 15:00•1 min de leitura
Sabemos bem que seres humanos podem não ser amigáveis em algumas situações, chegando a utilizar artefatos para agredir um ao outro, mesmo atualmente. Mas que tipo de armas nossos ancestrais do período neolítico (aproximadamente 10.000 a.C.) usavam em conflitos? E qual era o poder de destruição delas?
Um objeto de madeira foi encontrado nas margens do rio Tâmisa nos anos 90, em Londres, lugar onde existem vestígios de humanos que viveram por ali há milênios. Ele possui o formato de um taco de beisebol, com a parte superior alargada e muito mais rústico. E, convenhamos, provavelmente ele não era usado para nenhum tipo de esporte.
Cientistas da Universidade de Edimburgo decidiram então investigar o quão letal esse taco teria sido na época. Muitos esqueletos encontrados possuem lesões, mas sem uma pesquisa como essa não é possível saber se o trauma foi causado por um acidente ou de forma proposital. Felizmente, hoje temos tecnologia que consegue simular todas as partes de uma cabeça (pele, osso e cérebro), e cada material possui as características necessárias para que o modelo seja idêntico a uma humana.
Após reconstruir a arma de madeira com as mesmas dimensões e materiais — pois a encontrada estava extremamente deteriorada e em pedaços —, um homem relativamente forte de 30 anos foi recrutado para a missão de simular o impacto. Ele golpeou os modelos de várias formas, e as fraturas causadas são praticamente idênticas às de um crânio achado em um campo arqueológico na Áustria.
Com isso, os pesquisadores obtiveram a confirmação de que armas como aquela eram letais e usadas nesse período. O próximo passo para os cientistas é golpear novas partes do corpo humano — esperamos que de um modelo também —, para confirmar se elas sofrem o mesmo tipo de dano observado em outros ossos encontrados.