Artes/cultura
09/03/2018 às 09:00•2 min de leitura
Os astronautas que embarcam rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) recebem treinamentos médicos de 40 horas, que os preparam para os problemas mais comuns de saúde durante suas estadias de 6 meses. Mas o que acontece quando eles precisam encarar uma emergência médica mais séria?
De acordo com a NASA, os casos mais comuns na ISS são enjoo, dores de cabeça, dores nas costas, problemas de pele, queimaduras e emergências dentárias. É por isso que os astronautas aprendem a suturar machucados, dar injeções e extrair um dente.
O aparato médico na Estação Especial Internacional é básico. Há um kit de primeiros socorros, um livro de condições médicas e alguns equipamentos úteis, incluindo um desfibrilador, um ultrassom portátil, um dispositivo para checar os olhos e dois litros de soro.
Embora seja possível utilizar ultrassom para gerar imagens bem claras do interior do corpo e enviá-las a uma equipe médica aqui na Terra para que eles realizem um diagnóstico, não há como resolver o problema de saúde na própria ISS.
De acordo com David Green, fisiologista espacial do Kings College de Londres, a melhor opção seria enviar o paciente para a Terra novamente através da nave espacial Soyus, que fica ancorada na estação. A jornada levaria apenas 3 horas e meia até o solo.
Entretanto, não há suporte à vida nem dentro da ISS, muito menos dentro da espaçonave. Além disso, o astronauta experencia uma força de gravidade de 4g a 5g ao reentrar na atmosfera terrestre, algo que já é bem difícil de suportar para indivíduos saudáveis. Ou seja, se a situação fosse mesmo crítica, a solução ficaria complicada.
Felizmente, uma emergência médica grande nunca ocorreu na Estação Espacial Internacional. Em um centro de controle na Terra, um time monitora os astronautas constantemente, coletando dados de tudo o que eles fazem, desde exercícios até alimentos.
Como resultado, o risco de um astronauta desenvolver uma doença séria que precise de cuidados intensivos é bem pequena, girando em torno de 1% a 2% por pessoa ao ano. Porém, a ameaça existe. É por isso que a NASA está planejando programar o The Robonaut 2 – um robô que já está a bordo da ISS – para que ele consiga realizar cirurgias complexas no futuro.