Artes/cultura
21/03/2018 às 14:30•2 min de leitura
Em 2016, Pokémon GO fez história ao mostrar que a geolocalização com realidade aumentada (RA) poderia ter respostas funcionais em um jogo massivo com recursos online. Desde então, milhares de empresas têm aproveitado variações dessa proposta, e uma delas soa bastante interessante, especialmente para os amantes da natureza: o app Seek, por enquanto exclusivo para iOS, propõe, de uma forma lúdica, a identificação de espécies de fauna e flora — um “Shazam para a natureza”.
Projeto nasceu como uma dissertação de mestrado da Universidade de Berkeley, em 2008
O software nasceu a partir do iNaturalist, uma rede social para ambientalistas que registram suas observações e compartilham suas descobertas. Esse projeto foi cofundado em 2008 por um grupo de estudantes, como parte das pesquisas de Mestrado da Universidade de Berkeley. Dez anos depois, eles já tinha 150 mil espécies catalogadas, e eis que daí veio a ideia: por que não usar a inteligência artificial (IA) e a realidade aumentada para criar algo nos moldes do Pokémon GO — só que, em vez de criar criaturas do universo de Ash, os usuários poderiam encontrar animais e plantas reais?
De lá para cá, o aplicativo ganhou certa popularidade no ano passado e, nesta temporada, deixou um pouco de lado o mote “caça ao tesouro” — você destrava insígnias ao desbravar os elementos do meio ambiente — para se tornar algo mais próximo de um catálogo ambulante de seres vivos, atualizado em tempo real. O algoritmo treinado pelos responsáveis já permite reconhecer mais de 30 mil espécies.
E a proposta, segundo o codiretor Scott Loarie, é ampliar a cada dia o banco de dados, assim como fomentar o interesse do público, especialmente dos mais jovens, em assuntos ecológicos e científicos. “Construir, ao lado das crianças, um tipo de cultura e estilo de vida em que possamos ter curiosidade e interesse em torno de atividades sobre cidadania e ciência, apenas fazendo observações, é uma vitória.”
Seek, o app que é o “Shazam fauna e flora” com uso da realidade aumentada via TecMundo