Ciência
13/05/2018 às 06:00•3 min de leitura
1. Adax
O Adax é parente dos nossos bois, mas com várias adaptações para a vida no deserto. Ele possui patas grandes e largas, tornando mais fácil a caminhada pela areia. Ao mesmo tempo que essa é uma vantagem para se viver no deserto, faz com que se locomova lentamente, sendo alvo fácil para seus predadores (principalmente seres humanos). Essa situação o levou a um perigo crítico de extinção.
Os dromedários possuem uma corcova, enquanto os camelos possuem duas, mas ambos estão presentes no deserto do Saara. Ao contrário do que muitos pensam, as corcovas não armazenam água; na verdade, são grandes depósitos de gordura para as épocas mais difíceis. Mesmo sem um reservatório específico, esses animais conseguem ingerir até 10 litros de água de uma só vez, assimilando todo esse líquido na própria corrente sanguínea, que chega a aumentar 2,5 vezes seu volume para esse fim.
Essa gazela é a espécie mais comum presente no Saara, medindo 65 centímetros de altura e pesando apenas 23 quilos. Seu porte garante bastante agilidade, permitindo que realizem um movimento de fuga conhecido como “stotting”, que consiste em dar um pulo rápido quando predadores se aproximam. Com isso, a intenção é desmotivá-los, mostrando como são rápidas e possuem velocidade para escapar. Obviamente, quando a tática não funciona, elas são ótimas corredoras também.
Os escaravelhos são peculiares, pois têm uma relação bem íntima com excrementos (cocô, fezes ou como você preferir chamar). Eles podem fazer bolinhas de cocô (com o que foi liberado por outros animais) e sair rolando-as pela areia, cavar buracos para elas ou simplesmente viver no meio de excrementos, tudo isso como parte de um processo de alimentação. A relação é tão grande que até os ovos são colocados em bolas de cocô. Para eles isso tem funcionado há muito tempo, então é melhor não questionar os métodos.
Essa cobra não se incomoda em ser chamada de chifruda, inclusive o ornamento é bem assustador. Elas alcançam até 50 centímetros de comprimento e passam o dia enterradas na areia para diminuir o calor, saindo para caçar à noite. Seu veneno é bem poderoso, causando necrose e destruindo os glóbulos vermelhos do sangue. Não se sabe o motivo da existência de chifres, mas biólogos acreditam que eles podem servir como camuflagem, proteção contra a areia ou navegação pelo deserto.
Pertencente à família do Dragão-de-komodo, esse lagarto possui sangue frio, sofrendo influência direta da temperatura externa em suas atividades. Essa condição faz com que durante o dia sejam extremamente ativos, mas à noite entrem praticamente em modo de espera e se tornem muito agressivos, pois não conseguem se defender por muito tempo. Eles se alimentam de ratos ou outros pequenos mamíferos, matando a presa com seu potente veneno.
Esses cães do deserto possuem um método de caça baseado na determinação. Quando identificam uma presa, eles tentam atacar, mas caso não consigam abatê-la na primeira chance, perseguem o animal por longas distâncias, até que ele se canse e não consiga mais se defender apropriadamente. Assim, eles são capazes de abater até animais mais rápidos que eles. Quando comparados aos leões, que possuem uma taxa de sucesso em ataques de 30%, os 80% atingidos pelos mabecos são impressionantes.
Essa pequena raposinha é o menor canídeo do mundo, com 20 centímetros de altura e pesando em média 1 quilo quando adulta. Seus rins são adaptados à vida no deserto, minimizando a quantidade de água necessária para sua sobrevivência. Apesar do faro bem desenvolvido, a sua audição é muito aguçada, permitindo detectar presas embaixo da terra somente através do som. Os pequenos animais também conseguem subir em árvores para caçar pequenos pássaros e possíveis ovos em ninhos. Se elas fossem domesticadas, com certeza seriam os pets do momento.