Artes/cultura
21/06/2018 às 05:34•2 min de leitura
Muitas pessoas foram ter seu primeiro contato com a ideia de autópsia depois de assistir a alguma das dezenas de séries policiais disponíveis na mídia. E se por um lado elas revelam algum tipo de informação interessante, por motivos óbvios também deixam de lado alguns aspectos dessa prática.
Uma autópsia não é feita em todo e qualquer caso. Normalmente, é indicada para determinar a causa de alguma morte um pouco obscura, quando é necessário saber com maiores detalhes como ou por que aquela pessoa morreu. Em outras ocasiões, a intenção é descobrir sua identidade.
Além disso, muitas autópsias são realizadas em escolas de Medicina como forma de treinamento, normalmente em pessoas que tenham optado por doar seu corpo para a ciência após sua morte; e há também casos de procedimentos do tipo para atestar a causa da morte de alguém falecido séculos atrás, como as múmias.
Quando uma autópsia completa é necessária, ela é basicamente dividida entre dois exames — o externo e o interno —, ambos muito bem registrados pelo patologista, o responsável pelo procedimento.
Antes de inspecionar órgãos, sangue e afins do falecido, os patologistas fazem um exame detalhado em toda a área externa do corpo. Nele, vão constar os dados mais específicos sobre aquela pessoa, como peso, altura, etnia, detalhes do cabelo, assim como qualquer particularidade física que se destaque na verificação.
É na primeira parte do procedimento que o patologista faz aquela famosa busca por partículas debaixo das unhas ou nos dentes, assim como colhe qualquer tipo de amostra que venha a calhar. E raios X também são feitos nesse momento, pois se houver qualquer objeto ou fratura no corpo, será registrado antes de ele ser aberto e “mexido”.
Caso o exame interno seja necessário para o patologista encontrar o que procura, o tórax da pessoa será aberto e os órgãos, retirados para exame. O cérebro não é retirado com todos os outros órgãos — só se mexe ali se for necessário.
Para começar, o patologista faz um corte em forma de Y que inicia nos ombros, se encontra no meio do peito e, depois, desce até a região da pélvis. A pele é aberta e o tórax, cortado, para que o patologista possa pesar, medir e fazer exames nos órgãos.
Se for necessário autopsiar o cérebro, um corte é feito de orelha a orelha, o crânio é serrado e o órgão, retirado.
Quando todos os exames tiverem sido concluídos, os órgãos podem ser devolvidos ao corpo, porém dentro de sacos plásticos para evitar que vazem, pois já não estão mais conectados como quando o indivíduo faleceu; o procedimento funerário não é o mesmo. Depois, o corpo é costurado, limpo e enviado à funerária para a finalização dos ritos.
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