Artes/cultura
21/08/2018 às 08:00•2 min de leitura
Você deve se recordar de ter visto aqui no Mega Curioso notícias relacionadas com a descoberta de um sarcófago de granito negro em Alexandria, né? Caso não tenha lido as matérias, a gente não fica magoado com você, não! Você pode conferir os detalhes através deste link e deste também, mas, basicamente, se trata de um caixão de pedra que permanecer intacto por 2 mil anos e continha três esqueletos humanos — e um líquido com aparência muito sinistra que uma galera maluca estava disposta a beber.
Enfim, o fato é que um bando de cientistas se pôs a trabalhar no conteúdo do sarcófago e o pessoal do Ministério de Antiguidades do Egito divulgou novas informações sobre os ocupantes do caixão. As análises preliminares revelaram que, com base nas dimensões da pelve de um dos esqueletos, os pesquisadores sabem que um dos corpos era o de uma mulher — cuja estatura era entre 1,6 e 1,64 metro de altura e que tinha entre 20 e 25 anos quando morreu.
(Facebook/Ministério de Antiguidades)
Os outros dois esqueletos eram de homens, um que, segundo estimaram os cientistas, media entre 1,6 e 1,65 m e tinha entre 35 e 39 anos quando faleceu, e outro um pouco mais velho, com idade estimada entre 40 e 44 anos — e altura entre 1,79 e 1,85 metro.
(Facebook/Ministério de Antiguidades)
Caso você tenha acompanhado as notícias sobre o sarcófago, talvez se recorde que, quando ele foi aberto, uma das teorias propostas foi a de que o trio poderia ser composto por soldados. Isso porque o caixão foi datado como sendo da Era Ptolomaica e, segundo sabemos, após o suicídio de Cleópatra e a dominação romana que rolou depois, o Egito mergulhou em um período de guerras e conflitos, assim, seria plausível supor que os esqueletos poderiam ser soldados que morreram em uma dessas batalhas.
Entretanto, os arqueólogos responsáveis pelas pesquisas não acreditam que a mulher fosse um soldado — e os dois homens sepultados com ela talvez não fossem também. Os cientistas ainda encontraram um orifício no crânio de um dos esqueletos com sinais de cicatrização, indicando que o sujeito pode ter sido submetido a algum tipo de cirurgia ou a um procedimento conhecido como trepanação, empregado em uma variedade de tratamentos e para reduzir a pressão intracraniana e drenar fluídos do crânio.
(Facebook/Ministério de Antiguidades)
O interessante é que, segundo os cientistas, apesar de essa ser uma prática bastante comum na Antiguidade, a trepanação não era muito usada no Egito. Outra descoberta incomum foi a presença de lâminas de ouro com os ossos dos três ocupantes do sarcófago, mas os pesquisadores ainda precisam conduzir mais exames para descobrir como o material foi parar ali.
Segundo explicaram, os esqueletos se encontravam uns sobre os outros, o que sugere que ocorreram três sepultamentos diferentes. Já com relação ao caldo encontrado no interior do sarcófago, os cientistas ainda devem conduzir testes mais detalhados, mas as análises feitas até agora apontaram que o líquido é composto por — surpresa! — corpos humanos em decomposição, água e o que restou dos tecidos usados para embalar os cadáveres.
(Facebook/Ministério de Antiguidades)
O time também deve conduzir exames de DNA para determinar se há algum parentesco entre os três esqueletos e, quem sabe, descobrir quem, afinal, eram essas pessoas. E você, caro leitor, pode ficar tranquilo, pois, assim que surgirem novidades, nós do Mega Curioso compartilhamos por aqui.
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