Artes/cultura
22/10/2018 às 12:31•2 min de leitura
Você já deve ter ouvido falar dos pepinos-do-mar, não é mesmo? Eles consistem em criaturas invertebradas que costumam habitar o leito oceânico, tanto de áreas mais rasas, como profundas, parecem vermes supercrescidos, e o mais normal é que eles permaneçam com os corpos parcialmente enterrados na areia. O mais normal... Mas não essa história de viver meio escondido não é a regra.
Veja, por exemplo, o caso da estranha criatura que foi avistada nas profundezas da Antártida recentemente. Embora lembre um frango sem cabeça depenado, o animal da imagem acima é um pepino-do-mar da espécie Enypniastes eximia. Ele foi observado nos arredores da Antártida Oriental, a cerca de 3 mil metros de profundidade, o que surpreendeu um pouco os pesquisadores, já que esse tipo de animal só havia sido observado anteriormente no Golfo do México.
Outra curiosidade sobre a criatura é que, ao contrário da maioria dos pepinos-do-mar, em vez de ficar com o corpinho enterrado, os E. eximia possuem estruturas que funcionam mais ou menos como barbatanas e que permitem que eles “voem” pelas profundezas como se fossem morcegos. Assista a seguir:
E sabe o que mais a observação desse animal tem de interessante? Ela foi realizada por meio de um sistema de câmeras submarinas desenvolvidas por cientistas australianos super-resistentes, construídas para suportar as pressões extremas das grandes profundezas e capazes de capturar imagens na escuridão total por longos períodos de tempo.
O sistema foi criado para ir a bordo de embarcações pesqueiras com o objetivo de obter informações sobre o leito oceânico de regiões nas quais a pesca acontece — de forma a conhecer melhor as áreas, levantar os impactos causados pelo trânsito de embarcações e a atividade pesqueira, e delimitar quais territórios devem ser evitados.
Um exemplo de descoberta inusitada foi o pepino-do-mar (frango-sem-cabeça), animal que ninguém tinha a menor ideia que poderia habitar as frias águas da Antártida. Ainda sobre essa criatura, os cientistas explicaram que os órgãos internos são visíveis através da pele, especialmente em exemplares mais jovens, e elas são bioluminescentes, emitindo luz por pequenos tentáculos que funcionam como patinhas.
Essas patinhas, aliás, que somam 12 no total, ficam interconectadas formando uma espécie de membrana que ajuda os E. eximia em sua locomoção — e foi essa estrutura que você viu em ação no vídeo acima. Outra coisa legal é que, de acordo com os pesquisadores, apesar da aparência frágil, as estranhas criaturas são mestres em transformar seus predadores em presa.
Isso porque, quando são atacados, os E. eximia cobrem os predadores com uma secreção luminescente que, por sua vez, os torna mais visíveis e os converte em alvos fáceis para outros animais. É verdade que os pepinos-do-mar nem sempre conseguem escapar dos ataques, mas, de certa forma, se vingam de seus inimigos...
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