Artes/cultura
06/11/2018 às 14:30•2 min de leitura
No ano passado, cientistas flagraram um objeto não identificado passeando por nosso Sistema Solar. Quem fez o flagra foi o telescópio Pan-STARRS 1, situado no Havaí, o que rendeu ao objeto o nome de 'Oumuamua', que significa “mensageiro que vem de um passado distante” no idioma nativo local.
Por causa de seu formato incomum – como um grande charuto –, os cientistas ficaram confusos no momento de classificá-lo. Depois de ter sido considerado um cometa e um asteroide, os pesquisadores decidiram que se tratava de uma nova classe de objeto interestelar. O objeto é 10 vezes mais comprido do que é largo e viaja a mais de 315 mil km/h.
O problema é que agora, um ano após essa descoberta, um trabalho de autoria de pesquisadores do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian indica que esse objeto não identificado possa ter “origem artificial”, ou seja, Oumuamua pode ser uma sonda extraterreste que veio nos espionar aqui na Terra.
Apesar de completamente absurda, a teoria tem como base alguns fatores: a aceleração do objeto é completamente anormal segundo os cientistas autores do artigo, especialmente por seu misterioso aumento no momento em que deixou nosso Sistema Solar no começo de 2018.
Isso explicaria as várias anomalias de 'Oumuamua, como a geometria incomum inferida de sua curva de luz e sua baixa emissão térmica
“Considerando uma origem artificial, uma possibilidade é que 'Oumuamua seja um veleiro leve, flutuando no espaço interestelar como um resíduo de um equipamento tecnológico avançado", disseram os pesquisadores Abraham Loeb e Shmuel Bialy, respectivamente professor de astronomia e aluno de pós-doutorado do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.
Segundo eles, a alta velocidade do objeto e sua trajetória incomum podem ser o resultado de não estar mais operacional: “Isso explicaria as várias anomalias de 'Oumuamua, como a geometria incomum inferida de sua curva de luz, sua baixa emissão térmica, sugerindo alta refletividade, e seu desvio de uma órbita de Kepler sem qualquer sinal de uma cauda cometária ou torques spin-up”.
Para a NASA e cientistas mais “pé no chão”, foi uma enorme sorte terem conseguido flagrar um objeto tão peculiar passando tão rápido por nosso Sistema Solar. Porém, para eles, trata-se apenas de mais um corpo celeste curioso como tantas outras coisas que ainda são misteriosas na infinitude do Universo.
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