Artes/cultura
14/01/2019 às 08:00•1 min de leitura
No mundo humano, a música é uma grande indústria que movimenta bilhões de dólares por ano, por isso, quando surge um caso de plágio, principalmente se a cópia fez mais sucesso, os processos por direitos autorais podem movimentar cifras gigantescas. Mas e em outras espécies? Será possível que outros animais se incomodem com isso? Entre as baleias-jubarte, isso não parece ser um problema, ainda que seja uma prática bastante comum...
Segundo pesquisadores internacionais, essa espécie é uma das mais melodiosas baleias dos mares, mas boa parte disso não é apenas pelas canções que elas compõem, mas também pelos sons copiados de outras baleias-jubarte que podem estar a milhares de quilômetros de distância!
Os cantos dessa espécie já foram decifrados como contendo frase ou até temas. Para determinar isso, foi necessário isolar todo tipo de som, desde burbirinhos a gemidos, descobrir suas durações e seus encadeamentos. Depois, foi possível determinar quando um grupo de baleias passou a imitar companheiras de outros mares.
Um salto para o sucesso
Foi possível determinar, por exemplo, que sons feitos pelas baleias-jubarte da costa do Gabão, em 2011, foram repetidos por suas “primas” da costa de Madagascar no ano de 2015. Apesar de ambos os países serem costeiros, existe todo o continente africano que os separa! A hipótese mais provável é que o “concerto” que gerou essa troca musical ocorreu durante viagens de reprodução de ambas as populações para um ponto em comum do oceano.
Entretanto, os pesquisadores ainda não sabem com o processo de intercâmbio musical acontece. O mais provável é que os machos da espécie passem a entoar mais canções em grupos durante o período de acasalamento, criando “músicas chicletes” que se espalham pelas rádios oceânicas. Loucura, hein?