Ciência
25/01/2019 às 11:00•1 min de leitura
O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que destrói a memória e outras funções mentais importantes. Pesquisadores seguem firme na descoberta de como a irisina, hormônio produzido a partir da realização de atividades físicas, regula os efeitos maléficos do distúrbio.
Os neurocientistas brasileiros Sérgio Ferreira e Fernanda de Felice são os protagonistas do estudo e, há quase 20 anos, vêm estudando tratamentos para a enfermidade. Durante todo esse tempo, foi comprovado que a prática de exercícios físicos faz bem para a memória e que a irisina funciona como um transmissor de informação, ou seja, leva uma mensagem do músculo para o cérebro, protegendo-o.
Os testes iniciais foram realizados em camundongos e, de fato, houve a comprovação de que eles produziam o hormônio ao realizar exercícios. Já quando o teor de irisina era baixo, os especialistas testaram fazer a reposição, e, para a surpresa de todos, eles voltaram a ter memória.
Inicialmente, a irisina foi descoberta por um pesquisador de diabetes dos Estados Unidos, e esse estudo durou aproximadamente 7 anos. Na época, ele afirmou que o hormônio é produzido pelo músculo, no tecido adiposo. Complementando, os neurocientistas reforçam que o fato de a irisina ser gerada pelo próprio organismo diminui as chances de efeitos colaterais.
Levando em consideração os seres humanos, estudos indicam que pessoas que sofrem com o mal de Alzheimer têm baixíssimos índices desse hormônio no cérebro. Dessa forma, o estudo faz sentido. Mas os pesquisadores não param por aí; o próximo passo é descobrir como a irisina consegue proteger o órgão mais complexo do corpo humano: o cérebro.
Todo o estudo envolve 25 pesquisadores, sendo 18 brasileiros e o restante, dos Estados Unidos e do Canadá. Eles esperam que esse pontapé inicial contribua para que realmente o Alzheimer tenha um tratamento e possa, cada vez mais, deixar de ser um mal frequente após certa idade nos seres humanos.