Sucuri fêmea consegue reproduzir sem macho nos EUA

29/05/2019 às 04:012 min de leitura

Como você deve saber, para que a grande maioria dos animais possa procriar, é necessário que haja a participação de um macho – que contribui com as células necessárias para que, em conjunto com as células da fêmea, ocorra a formação do embrião. No entanto, existem determinadas ocasiões em que a concepção acontece apesar da ausência do macho no processo, e um desses eventos se deu recentemente em um zoológico nos EUA, pegando todo mundo de surpresa.

Sozinha?

De acordo com Tom Hale, do site IFLScience!, o que aconteceu foi que, um belo dia, o pessoal do New England Aquarium, situado em Boston, percebeu que uma das sucuris-verdes (Eunectes murinus) mantidas no local estava prestes a ter filhotinhos, o que é sempre muito bacana. No entanto, o zoológico apenas mantém fêmeas dessa espécie, então, a não ser que um Don Juan tivesse invadido a área dos répteis ou que houvesse um macho camuflado entre as cobras, situações que foram descartadas, o exemplar “grávido” só podia ter concebido sozinho.

Filhotes sem pai, literalmente (Reprodução / CBS News / New England Aquarium)

Esse tipo de fenômeno é conhecido como partenogênese, e consiste, basicamente, no desenvolvimento de um embrião sem que tenha ocorrido a fertilização por um macho. Existem exemplos de vários organismos que se reproduzem dessa forma – como é o caso de determinadas classes de plantas, alguns animais invertebrados, como as abelhas e os pulgões, e certos vertebrados, como algumas espécies de peixes, lagartos, salamandras, cobras e até aves –, mas não se trata de um método comum.

A razão disso é que a partenogênese dá origem clones das mães, resultando em populações com baixa variação genética, o que, do ponto de vista evolutivo não é vantajoso. Portanto, esse é um tipo de reprodução que normalmente ocorre entre organismos que habitam locais isolados ou quando as espécies são expostas a pressões ambientais.

No caso da sucuri de Boston, exames de DNA revelaram que os filhotes eram cópias exatas da mãe, o que significa que não houve a participação de um macho na reprodução, e que Anna – a cobra, um exemplar de 8 anos, 3 metros de comprimento e 13 quilos – “engravidou” sozinha. Segundo Tom, apenas 2 dos bebês sobreviveram, infelizmente, e os demais já nasceram mortos, o que é relativamente comum quando a reprodução ocorre por meio da partenogênese, mas os que “vingaram” passam bem.

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