Artes/cultura
14/08/2019 às 05:00•2 min de leitura
O verão ainda está longe de começar, mas não é só em dezembro que ele aparece insistentemente. O suor é uma das características dos dias quentes, mas ele também pode denunciar ansiedade, nervosismo e por aí vai. Não há quem não reconheça aquelas gotinhas que marcam a roupa ou que insistem em molhar o rosto. Suor é normal? Sem dúvida, mas há alguns fatos bastante peculiares que o envolvem. Confira:
Cerimônias de suor prometem experiência espiritual e desintoxicação por meio da transpiração. Em 2009, um grupo chegou a pagar US$ 9 mil cada um para um palestrante motivacional durante cerimônia no Arizona. Ao invés de bons resultados, três pessoas morreram e 18 foram para o hospital.
Uma pessoa de 60 anos de Wisconsin teve, durante três anos, convulsões que causaram hiperidrose e sudorese excessiva. Medicamentos anticonvulsionantes reduziram a hiperidrose do paciente.
Depósitos de suor contidos em dados bioquímicos de impressões digitais podem revelar o sexo de uma pessoa. Cientistas fizeram a descoberta em 2015 e isso acontece porque mulheres têm o dobro do nível de aminoácidos no suor.
Em 2016, cientistas criaram headbans capazes de rastrear as moléculas de transpiração em tempo real, fornecendo dados que são enviados sem fio para um smartphone, melhorando a leitura de saúde. A leitura é possível porque o suor é carregado com produtos de produtos químicos corporais.
Simpatectomia torácica endoscópica. Esse é o nome do procedimento cirúrgico que pode curar a hiperidrose. O problema é que a cirurgia, que consiste em colapsar os dois pulmões para destruir nervos específicos é arriscada. O efeito colateral é a transpiração compensatória. E entre os riscos do procedimento estão: arritmia, hipotensão extrema e até a morte.
Em 2017, os robôs Kenshiro e Kengoro já estavam ativos na Universidade de Tóquio. Nenhuma surpresa até aí. Acontece que Kenshiro começou a suar. Isso aconteceu porque após alongamentos e abdominais, o maquinário interno esquentou e esse efeito foi combatido om água através do esqueleto metálico. Então, o robô “desabafava” através de aberturas e “suava”.
Cientistas russos fizeram um teste, em 2011, com homens e mulheres. Parte dos homens haviam sido diagnosticados com gonorreia, doença sexualmente transmissível. Usando almofadas com o cheiro de suor dos homens, as mulheres classificavam o odor em uma lista de palavras, entre elas “pútrido” e “floral”. O resultado foi que metade dos pacientes infectados tiveram o odor classificado como “pútrido”, enquanto apenas 32% do resto. Já o odor “floral” foi direcionado a 26% dos homens saudáveis e a apenas 10% dos infectados. Cientistas concluíram que a habilidade pode ser um mecanismo evolutivo para eliminar parceiros sexuais de risco.
Uma roupa que respira assim que você começa a suar. Pode parecer sonho, mas não é. Em 2015. MIT e New Balance se uniram para criar um material capaz de respirar quando a transpiração fosse detectada. O resultado foi a utilização da bactéria Bacillus subtilis natto – que é sensível à umidade – literalmente no meio do material. O projeto fundiu as criaturas vivas ao tecido. A alta umidade do suor fez com que eles se contraíssem, fazendo com que as bordas dentro do padrão de bactérias se abrissem como olhos, formando pequenos triângulos.