Estilo de vida
26/08/2019 às 13:00•2 min de leitura
Uma das questões que mais inquietam os cientistas – e a humanidade, na verdade – é a possibilidade se não estarmos sozinhos no Universo. Como você deve saber, não faltam iniciativas focadas em encontrar formas de vida alienígena no cosmos e, graças a um estudo recente, publicado por pesquisadores do Instituto Carl Sagan da Universidade Cornell, nos EUA, agora os caçadores de ETs podem ficar atentos a mais uma pista que pode indicar a existência de aliens por aí!
De acordo com o time por trás do estudo, as estrelas de classe M estão entre as mais abundantes no Universo e, um problema com esses sóis é que, apesar de serem bem menores do que o nosso e emitirem menos luz também, eles costumam ser bem “turbulentos” e lançar grandes quantidades de radiação UV aos planetas que orbitam a seu redor, mesmo aos que se encontram na zona habitável de seus sistemas estelares.
O esperado seria que essa energia toda impedisse que formas de vida pudessem surgir nesses mundos, mas, segundo argumentam os cientistas, pode ser que nesses locais existam organismos capazes de sobreviver à radiação. A Terra abriga criaturas assim: no fundo dos oceanos é possível encontrar corais capazes de absorver os raios UV do Sol e neutralizá-los – convertendo a radiação em comprimentos de onda inofensivos e visíveis na forma de uma luz radiante.
Esse brilho é conhecido como bioluminescência – e os cientistas que publicaram o estudo sugerem que devemos buscar por essa luz no cosmos, uma vez que podem haver formas de vida extraterrestre que desenvolveram a mesma capacidade de neutralizar a radiação que os nossos corais e emitir o brilho fluorescente.
Ademais, a maior parte dos raios UV que chega até o nosso planeta é bloqueada pela camada de ozônio que nos envolve. Entretanto, em exoplanetas desprovidos dessa camada protetora, pode que os organismos – se existirem – tenham desenvolvido maneiras distintas de neutralizar a radiação e, nesse caso, banhem todo o planeta com sua luz.
De momento, os telescópios com os quais dispomos aqui na Terra ainda não são capazes de detectar a bioluminescência de mundos alienígenas. Mas os autores do estudo esperam que em 1 ou 2 décadas eles já existam e posam ajudar na busca por formas de vida extraterrestre. Aliás, os cientistas inclusive já têm um candidato para a possível identificação de aliens, Proxima B, um planeta rochoso que orbita ao redor de Proxima Centauri, a estrela mais próxima de nós além do Sol.