
Estilo de vida
18/09/2019 às 03:00•2 min de leitura
Se hoje os cangurus têm uma alimentação baseada em plantas maleáveis, vegetais e frutas, os cangurus gigantes, agora extintos da Austrália, tinham uma mordida tão poderosa que eram capazes de consumir alimentos mais duros e sua alimentação era baseada em bambus.
Rex Mitchell, da Universidade de Arkansas, nos Estados Unidos, realizou um estudo, publicado na revista Plos One, no qual compara a capacidade de esmagamento desses cangurus extintos com a dos pandas que conhecemos. “O crânio do canguru extinto estudado aqui difere do dos cangurus de hoje em muitos aspectos, como o crânio de um panda gigante difere de outros ursos", disse Mitchell em comunicado. Segundo ele, o crânio do canguru extinto é mais parecido com o de um panda gigante do que com o do canguru moderno.
O pesquisador explica que a biomecânica da mandíbula se adaptou ao clima, permitindo que os cangurus gigantes consumissem vegetação mais dura e com qualidade inferior em períodos de secas ou de inverno rigoroso, uma vez que as comidas preferidas estavam em falta.
Ilustração: Nobu Tamura
Os cangurus gigantes e de rosto curto estiveram andando pela Austrália há cerca de 40 mil anos e entre as maiores espécies descobertas está o Procoptodon goliah, que chegava a dois metros de altura e poderia pesar mais de 180 quilos. Os cangurus vermelhos de hoje medem, em média, 1,5 metro e são descendentes menos robustos e mais flexíveis.
O estudo de Mitchell foi baseado em modelos tridimensionais de crânios de uma espécie de canguru gigante chamada Simosthenurus occidentalis. Os crânios foram construídos a partir de tomografias computadorizadas e permitiram que o pesquisador simulasse as mordidas.
Ilustração: Rex Mitchell
Medindo a força nas articulações da mandíbula, nos dentes e ainda o estresse no crânio, Mitchell utilizou os resultados em comparações e descobriu que a forma do crânio aumentava a eficiência dos movimentos biomecânicos envolvidos na mordida. Assim, o animal era capaz de suportas forças maiores enquanto mordia, permitindo que consumisse vegetação mais dura, como árvores, galhos e arbustos.
A forma do crânio, com a face mais curta, dentes grandes e amplos locais de fixação dos músculos dos cangurus gigantes e também dos pandas gigantes apontam, afirma o pesquisador, uma evolução convergente. Para Mitchell, esse processo se deu para beneficiar comportamentos alimentares semelhantes.
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