Artes/cultura
19/09/2019 às 15:00•1 min de leitura
A decomposição do corpo faz com que o cadáver se mova mesmo meses depois da morte. Quem observou isso foi a pesquisadora australiana Alyson Wilson e seus colegas durante o desenvolvimento de uma pesquisa. E os movimentos são significativos! Um braço junto ao corpo, por exemplo, pode ficar consideravelmente longe dele.
A princípio, algumas horas depois que uma pessoa morre, seu corpo entra em estado de rigor mortis (ou rigidez cadavérica), que é um endurecimento dos músculos causado por uma mudança bioquímica. Porém, após um tempo, o corpo relaxa e começa a se mover.
Por um período de 17 meses, Alyson observou e filmou um cadáver em decomposição. Ela fez vídeos no formato timelapse com intervalos de 30 minutos durante todo o período de observação. Esse tipo de estudo, de acordo com a autora, pode ajudar a polícia a ter uma melhor estimativa de hora de morte e também elevar a qualidade de autópsias.
A estudiosa afirma que o movimento pode ocorrer à medida que os ligamentos se contraem na decomposição do corpo. Inclusive, já havia sido descoberto anteriormente que os vermes são criaturas que contribuem para esses movimentos.
Para realizar a observação, Wilson viajava por três horas todos os meses de Cairns para Sydney até a única "fazenda de corpos" do hemisfério sul. O local, que tem localização secreta, é reconhecido oficialmente como Australian Facility for Taphonomic Experimental Research (AFTER).
As descobertas realizadas por Wilson e seus colegas foram publicadas na revista Forensic Science International: Synergy.