Novidades sobre a primeira planta levada pelos chineses à Lua

10/10/2019 às 08:002 min de leitura

Quem já se acostumou com as etiquetas made in China em todos os mercados, pode se preparar pois produtos chineses começam a ser produzidos... na Lua!

A sonda espacial chinesa Chang'e-4 entrou para a história ao aterrisar em solo lunar no chamado "lado escuro" da Lua no dia 3 de janeiro de 2019. O equipamento transportava uma carga importante: uma mini-biosfera — na verdade, um pequeno cilindro de 2,6 kg e cerca de 16 cm de diâmetro que recebeu o nome de Micro Ecossistema Lunas (LME, na sigla em inglês).

Totalmente selado, o LME continha seis formas de vida conservadas em condições semelhantes às da Terra, exceto pela microgravidade (1,62 m/s²) e pela radiação lunar. A "hortinha" espacial era formada por sementes de algodão, de batata e de colza; fermento; ovos de mosca das frutas; e Arabidopsis thaliana, uma pequena planta utilizada em estudos botânicos.   

Resultados

Embora a maioria dos organismos não tenha produzido nenhum resultado, as sementes de algodão germinaram com sucesso. Na época do pouso, a equipe de terra pensava existir uma única folha da planta, mas análises recentes, uma reconstrução em 3D baseada em análise de dados  processamento de imagens, revelaram a presença de duas folhas.

No entanto, como não há aquecimento no LME, assim que findou o primeiro dia lunar, que equivale a 14 dias na Terra, os pequenos brotos de algodão morreram quando a temperatura local despencou para 190°C negativos. Mas a experiência continuou, desta vez para testar a longevidade do próprio LME.

Uma tartaruga na Lua?

Como ainda não existem trabalhos científicos sobre a missão lunar chinesa, o líder da experiência, Xie Gengxin, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de Chongqing, prestou esclarecimentos sobre detalhes da pesquisa espacial. Entre eles, o de que foi cogitado o envio de uma tartaruga à Lua, ideia abortada devido às contingências dessa missão relativas ao limite de peso.

Mas Xie e sua equipe já estão planejando uma próxima missão à Lua, quando planejam enviar novas formas de vida. Se essa missão permitir maior capacidade de carga útil, será possível a remessa de espécies mais complexas, ainda não definidas.

Já está marcada a viagem da Chang’e-6, uma missão que vai levar novas amostras à Lua, que deverá ocorrer em meados de 2020. No ano passado, a China convidou parceiros internacionais para participar do envio de 10 kg adicionais de carga.

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