Estilo de vida
17/10/2019 às 13:00•2 min de leitura
A última reunião da Royal Geographical Society de Londres, uma das mais respeitadas instituições que estuda e apoia o estudo e a pesquisa da Geografia no mundo, foi palco de duas revelações impactantes, uma boa e outra péssima.
A boa notícia, apresentada por representantes do Earthwatch Institute, foi a de que as abelhas são comprovadamente os seres vivos mais importantes do planeta Terra. Paradoxalmente, de acordo com biólogos e cientistas especializados em vida selvagem, essa importante espécie animal acaba de se juntar àquelas em vias de extinção.
Estudos recentes revelam um declínio preocupante na população de abelhas nos últimos anos. Estima-se que quase 90% desses insetos foram eliminados e as principais razões para o extermínio são o uso indiscriminado de pesticidas, o deflorestamento e a redução do número de flores.
Afinal de contas, por que um inseto tão pequeno, que vive pouco mais de um mês, é reconhecido como a criatura mais importante da Terra? A resposta não é sofisticada, nem demanda mais do que um conhecimento básico de Ciências. Cerca de 70% da agricultura mundial depende, de forma exclusiva, das abelhas.
Quem já se sentou num banco escolar sabe que a polinização é o trabalho diário, e incessante, das abelhas. Como as plantas não são capazes de se reproduzir sozinhas, conclui-se que a flora, e consequentemente também a fauna planetária, se extinguiriam em pouco tempo sem a ajuda desses seres laborais.
Além disso, há uma outra importante revelação sobre nossas fabricantes de mel: pesquisa conduzida pelo Centro de Estudos Apícolas da Universidade Mayor do Chile, com o apoio da Fundación para la Innovación Agraria (FIA), concluiu que abelhas são os únicos seres vivos que não carregam no organismo nenhum patógeno, ou seja, são seres sem risco de produzir qualquer tipo de contaminação infecciosa.
Ora, se as abelhas foram declaradas, e são mesmo, a espécie animal mais importante para o ecossistema planetário, e se foram consideradas como uma espécie em extinção, temos que encarar esse asunto como agenda prioritária nas discussões sobre meio-ambiente.
É preciso agir de forma imediata, enquanto ainda podemos implantar algum tipo de de solução.