Estilo de vida
06/11/2019 às 14:30•2 min de leitura
Mais de 40 anos em viagem e quase 20 bilhões de quilômetros percorridos e finalmente a sonda Voyager 2 conseguiu ultrapassar os limites do Sistema Solar e chegar ao espaço interestelar. A missão foi lançada em 1977.
Além de conseguir ultrapassar essa barreira, a Voyager 2 enviou as primeiras mensagens diretamente do espaço interestelar, mas os dados demoraram para chegar porque ultrapassar a heliosfera não é tarefa fácil. A área do Sistema Solar é tomada por ventos vindos do sol, o que atrasou a entrega da mensagem.
A região na qual a Voyager 2 chegou sofre algumas interferências, como a do campo magnético e das partículas que são enviadas pelo Sol. Além disso, está na fronteira entre a Via Láctea e o nosso sistema, formando uma “bolha”. E foram exatamente essas informações enviadas nas mensagens da Voyager 2.
Ed Stone, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, disse ao The Guardian que os cientistas não sabiam ser possível alcançar a borda da bolha e entrar no espaço interestelar. “Não sabíamos o tamanho da bolha e se a sonda poderia durar tempo o suficiente para alcançar a borda”, afirmou.
Para os cientistas, que publicaram as novas medições enviadas pela Voyager 2 na revista científica Nature Astronomy, essas informações serão fundamentais para compreender o espaço interestelar, uma vez que os dados fornecem informações mais precisas sobre os limites da heliosfera.
O objetivo de uma futura missão é conseguir medições ainda mais precisas da heliosfera e, para isso, uma sonda ainda mais tecnológica deve ser desenvolvida. “Estamos dentro de uma bolha tentando descobrir qual é a sua forma e isso é muito difícil”, ressaltou Pontus Brandt, que participa do projeto.
Para ele, o que torna uma sonda interestelar especial é a oportunidade que ela proporciona de “sair e tirar uma foto da nossa pequena e habitável bolha no espaço”.
A NASA pretende lançar a nova missão em 2030.